Comando Vermelho planejava vigilância noturna da polícia

Vista de carro incinerado por traficantes para tentar impedir o acesso de policiais no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta terça-feira, 28

Grupo discutiu uso de drones para monitoramento em mensagem no WhatsApp

Documentos revelam que o Comando Vermelho planejava usar drones para vigiar a atuação policial. A operação resultou em 121 mortes.

Em 31 de outubro de 2025, o Comando Vermelho (CV) planejava utilizar drones equipados com câmeras de visão noturna para monitorar a atuação policial durante a noite. Essa informação foi divulgada em uma denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que motivou uma megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, realizada no dia 28, resultando na morte de 121 pessoas, a mais letal da história do estado.

Detalhes das comunicações

Os integrantes da facção discutiam em um grupo de WhatsApp a aquisição e uso de tecnologia para vigilância. Gadernal, um dos líderes citados, expressou a necessidade de obter drones mais avançados para melhorar o monitoramento: “A gente tem que se adequar à tecnologia, entendeu?”. Outro membro, Washington Cesar, concordou: “Nós temos que comprar o noturno. O Nicolas até ficou de ver essa parada.” Essas mensagens evidenciam o esforço do CV para expandir o controle sobre os territórios e intensificar a vigilância sobre as forças de segurança.

Impacto da megaoperação

Durante a megaoperação, foi relatado que criminosos utilizaram drones para lançar explosivos contra os agentes da lei. Gadernal, apontado como o gerente geral do tráfico no Complexo da Penha, tem responsabilidade pela expansão da facção em Jacarepaguá. A denúncia também destacou que ele orienta a aquisição de armas e equipamentos de vigilância para fortalecer o tráfico na região.

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