A trama aborda a falsificação de medicamentos e suas consequências
A novela Três Graças retrata um esquema de falsificação de medicamentos, inspirado em um caso real de 1998.
Em 31 de outubro de 2025, a novela Três Graças retrata um esquema criminoso de falsificação de medicamentos, liderado pelos vilões Santiago Ferette (Murilo Benício) e Arminda (Grazi Massafera). Os dois são sócios de uma fundação que recebe verbas milionárias para adquirir remédios e entregar de forma gratuita em farmácias. Os medicamentos, no entanto, são placebos feitos de farinha.
“O noticiário fala de casos assim, de remédios falsificados, de apreensão, de ação policial contra fábricas clandestinas. É um assunto grave. Já houve casos no Brasil em que pessoas foram enganadas ao tomar medicamentos placebo, que não fazem efeito”, disse o autor de Três Graças, Aguinaldo Silva, em entrevista ao Gshow.
No folhetim, Lígia (Dira Paes) sofre com as consequências de tomar um remédio falsificado para hipertensão arterial pulmonar (HAP), doença rara que pode causar graves problemas de saúde e levar até a morte.
O caso real de 1998
A história se assemelha com um caso bastante conhecido no Brasil. Em 1998, a empresa alemã Schering, comprada pela Bayer em 2006, fabricou cerca de 600 mil comprimidos do anticoncepcional Microvlar para testar novas máquinas de embalagem. “Lembro do caso de mulheres que engravidaram por causa de pílulas anticoncepcionais feitas de farinha, isso em 1998, e ficaram anos buscando reparação. Nessa novela, a fábrica chama-se ‘casa de farinha’, porque os ‘medicamentos’ são feitos dessa matéria-prima”, explicou Aguinaldo.
A trama, portanto, não apenas entretém, mas também provoca reflexões sobre a ética na produção e distribuição de medicamentos, ressaltando a importância de se ter cuidado com o que se consome.