Astrônomos monitoram objeto interestelar sem risco de colisão com a Terra
O cometa 3I/ATLAS, terceiro objeto interestelar detectado, passa pelo sistema solar com segurança.
O cometa 3I/ATLAS, terceiro objeto interestelar detectado, passa pelo sistema solar sem risco de colisão com a Terra. Desde 21 de outubro, uma campanha global de observação foi ativada por astrônomos para aprimorar as medições de sua trajetória, que chega a uma aproximação máxima de 270 milhões de quilômetros do planeta.
Análise do cometa e suas características
Especialistas descartam qualquer ameaça ou artificialidade no objeto. A iniciativa envolve telescópios mundiais coordenados pela IAWN, rede ligada à ONU. A distância mínima do cometa é superior à órbita terrestre ao Sol. O período de visibilidade está previsto para ser retomado em dezembro e janeiro. O núcleo do 3I/ATLAS exibe camadas complexas com contaminação de níquel e ferro, além de expelir grandes volumes de dióxido de carbono com baixa presença de água.
Importância científica do 3I/ATLAS
Thiago Signorini Gonçalves, diretor do Observatório do Valongo da UFRJ, destaca a raridade do evento, afirmando que o cometa permite comparar formações planetárias distantes. Marcelo De Cicco, coordenador do projeto EXOSS.org, observa características únicas, como linhas atômicas de níquel, que indicam formação em regiões geladas extremas. O comportamento do 3I/ATLAS difere dos cometas solares conhecidos e sua riqueza em CO2 sugere um ambiente primordial frio.
Observações e desdobramentos
A IAWN convocou a ação para testar protocolos de rastreamento, mas os telescópios enfrentam um obstáculo atual, pois o cometa está atrás do Sol. Os planos preveem o uso de equipamentos entre dezembro e janeiro, e a distância segura elimina a possibilidade de impacto. Rumores nas redes sociais sugeriram nave alienígena ou alerta de colisão, mas De Cicco afirma a ausência de sinais tecnológicos, enquanto Gonçalves reforça que as propriedades químicas do cometa permanecem dentro do esperado pela ciência. Cada visitante interestelar traz química própria e uma história de formação distinta, e o 3I/ATLAS serve como laboratório para estudar sistemas exoplanetários, contribuindo para a compreensão de ambientes frios distantes.