Ações de Caracas para reforçar suas defesas
Diante da pressão dos EUA, Maduro busca apoio militar de Rússia, China e Irã para fortalecer defesas.
Em 1º de novembro de 2025, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recorreu a aliados estratégicos como Rússia, China e Irã para fortalecer suas defesas, diante da crescente pressão e da intensificação da presença militar dos Estados Unidos no Caribe. Documentos revelados pelo governo americano indicam que Maduro enviou cartas aos presidentes Vladimir Putin e Xi Jinping, além de contatar o governo iraniano.
Necessidades de defesa da Venezuela
A principal preocupação de Caracas é a desatualização e o mau estado de sua infraestrutura de defesa, especialmente com a movimentação de navios de guerra e aeronaves americanas perto de seu litoral. A tensão aumentou com a possibilidade de ataques aéreos americanos em alvos militares na Venezuela, supostamente utilizados para o tráfico de drogas. Embora o presidente Donald Trump tenha negado um ataque, a movimentação militar é considerada uma demonstração de força.
Pedido de apoio militar a Moscou e Pequim
Nos contatos diplomáticos, Maduro detalhou suas necessidades. Ao presidente russo, Maduro solicitou ajuda para a manutenção de caças Sukhoi Su-30, além de revisão de radares e fornecimento de mísseis. A carta a Putin também mencionava a necessidade de um plano de financiamento para viabilizar essa cooperação. Já ao presidente chinês, a solicitação focou na ampliação da cooperação militar e aceleração da produção de sistemas de detecção por radar.
Negociações com o Irã
As negociações com o Irã foram coordenadas pelo ministro dos Transportes venezuelano, que pediu o envio de drones com alcance de até 1.000 quilômetros, além de equipamentos de detecção passiva e bloqueadores de GPS. A aliança de Caracas com Moscou, Pequim e Teerã não é nova, sendo fundamental para sustentar o governo Maduro durante períodos críticos de crise econômica e sanções internacionais.