Fenômeno astronômico despertará o interesse de cientistas e entusiastas
A cometa Halley, conhecida por sua periodicidade, retornará em 2061, após 76 anos, e será visível a olho nu por meses.
Em julho de 2061, a cometa Halley, conhecida como 1P/Halley, completará sua órbita de 76 anos, passando perto da Terra. O perielio está previsto para o dia 28 do mesmo mês, e a expectativa é que o fenômeno atraia a atenção de astrônomos e entusiastas. Com um diâmetro de aproximadamente 15 quilômetros, a cometa é um marco na astronomia e foi reconhecida pela sua periodicidade há três séculos. O último avistamento próximo ocorreu em fevereiro de 1986, quando sondas espaciais capturaram imagens detalhadas de seu núcleo.
História e características da cometa
A natureza periódica da cometa foi descoberta em 1705 pelo cientista britânico Edmond Halley, que analisou observações históricas que datam de 240 a.C., feitas por astrônomos chineses. A cometa Halley emerge de uma região distante do Sistema Solar, a Nuvem de Oort, e sua composição é formada por gelo, poeira e rocha. Quando se aproxima do Sol, forma uma cauda impressionante. Os primeiros avistamentos datam da antiguidade, com registros babilônicos e chineses que a descreveram como uma estrela com cauda.
Interação com a Terra e visibilidade
Os cientistas da NASA e da ESA preveem que a cometa alcançará uma magnitude de -0,3 em 2061, sendo visível a olho nu por vários meses. Em seu ponto mais próximo, a cometa ficará a cerca de 0,6 unidades astronômicas do Sol, aumentando sua visibilidade. A duração da sua visibilidade poderá chegar até 80 dias, especialmente no hemisfério sul, onde será possível observá-la ao amanhecer.
Impacto cultural e científico
A passagem da cometa Halley já teve grande impacto cultural e científico ao longo da história, sendo associada a eventos significativos, como antes da Batalha de Hastings em 1066. O debate científico sobre sua composição e características se intensificou em 1910, quando análises espectrais revelaram a presença de cianogênio na cauda. As missões de 1986 marcaram a primeira análise in situ de uma cometa, revelando a presença de água e compostos orgânicos semelhantes aos da Terra. A expectativa para 2061 é que novas observações atualizem os modelos de evolução dos cometas, contribuindo para a compreensão da formação do Sistema Solar.