Entenda a relação entre emoções e o gosto por sustos no cinema
A forma como você reage a filmes de terror pode estar ligada ao seu cérebro e às emoções que você experimenta.
Na análise do impacto emocional que os filmes de terror causam, revela-se que as reações variam de pessoa para pessoa. Pamela Rutledge, especialista em psicologia da mídia, explica que a maneira como cada um interage com o mundo pode influenciar seu gosto por esses filmes. Enquanto alguns buscam a adrenalina proporcionada pelo gênero, outros, mais empáticos, podem sentir angústia pelos personagens. Essa diferença de percepção pode afetar o sono, levando a pesadelos e desconforto.
O impacto emocional e o sono
Jennifer Mundt, especialista em sono, destaca que o cérebro processa emoções e memórias durante os sonhos. Expor-se a imagens assustadoras pode desencadear reações noturnas indesejadas. Além dos filmes, outras formas de entretenimento, como histórias e livros de terror, também influenciam o sono, especialmente em indivíduos com imaginação fértil ou traumas anteriores. Mundt ainda menciona que eventos assustadores podem agravar distúrbios do sono, como sonambulismo e terrores noturnos.
Mecanismos de reação e sobrevivência
Michael Grabowski, da Universidade Manhattan, explica que a surpresa em filmes de terror está intimamente ligada à nossa evolução. A capacidade de prever ações de outras pessoas, mesmo em situações fictícias, é uma habilidade instintiva que pode intensificar a experiência do medo. A adrenalina liberada durante essas experiências pode, de fato, ser prazerosa para muitos, resultando em uma sensação de alívio após o susto.
Dicas para lidar com o medo
Para aqueles que se sentem afetados após assistir a filmes de terror, especialistas sugerem algumas estratégias. Programar o momento de assistir a um filme assustador durante o dia e realizar atividades agradáveis antes de dormir pode ajudar. Além disso, utilizar técnicas de relaxamento e criar rotinas noturnas positivas também são eficazes para minimizar os efeitos adversos. Reconhecer suas próprias reações e priorizar o bem-estar é fundamental, conforme aconselha Rutledge.