Apoio a ações climáticas e reparações financeiras são destaques da pesquisa
Pesquisa revela que 64% dos brasileiros defendem que empresas invistam em ações climáticas, com apoio a reparações financeiras de países desenvolvidos.
Uma pesquisa global, realizada pela Ipsos em 30 países e envolvendo 23.700 entrevistados, revela que no dia 28 de outubro de 2025, 64% dos brasileiros defendem que empresas e indústrias destinem parte de seus lucros para financiar ações de combate às mudanças climáticas. Este estudo também aponta que 59% acreditam que os países desenvolvidos devem fornecer reparações financeiras às nações mais atingidas por desastres climáticos.
A visão brasileira sobre responsabilidade corporativa
No Brasil, 70% dos entrevistados concordam que as empresas priorizam o lucro em detrimento das preocupações ambientais, enquanto a média global é de 69%. Além disso, 42% consideram que a expansão do agronegócio é incompatível com a proteção da Amazônia, e 61% acreditam que países que preservam suas florestas devem receber financiamento.
Divisão de opiniões sobre a eficácia da COP30
A pesquisa também revela um ceticismo em relação à eficácia da COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. Globalmente, 49% dos entrevistados a consideram “meramente simbólica”, sendo que 43% dos brasileiros compartilham dessa visão. No entanto, 55% acreditam que a COP30 é uma oportunidade para o Brasil demonstrar liderança em sustentabilidade.
Desafios para alcançar metas climáticas
Os principais obstáculos citados para atingir metas climáticas incluem a falta de vontade política entre líderes (42% global e 47% no Brasil) e a fraca fiscalização contra desmatamento e poluição (34% global e 44% no Brasil). Apesar das dificuldades, 56% defendem que povos indígenas e comunidades tradicionais devem desempenhar um papel de liderança nas decisões climáticas. O estudo foi realizado entre 20 de junho e 4 de julho de 2025, com amostras representativas da população urbana conectada.