Cientistas descobrem como inibir enzima pode prevenir obesidade

Estudo revela novo alvo para tratamento de distúrbios metabólicos

Estudo da Universidade de Monash e Faculdade de Medicina Baylor mostra que inibir a enzima CaMKK2 pode prevenir obesidade e resistência à insulina.

Em um estudo recente, pesquisadores da Universidade de Monash, na Austrália, e da Faculdade de Medicina Baylor, nos EUA, descobriram que inibir a enzima CaMKK2 pode prevenir a obesidade e a resistência à insulina em ratos alimentados com dietas ricas em gordura. Ao remover essa enzima de macrófagos, os animais mostraram-se protegidos contra os efeitos negativos da alimentação excessiva.

O papel da CaMKK2 no metabolismo

A obesidade vai além do simples acúmulo de gordura; envolve também alterações metabólicas e resistência à insulina. Quando as pessoas consomem grandes quantidades de gordura ou açúcar, os macrófagos interpretam isso como um estresse, desencadeando uma resposta inflamatória. No entanto, essa inflamação, que é inicialmente protetora, torna-se prejudicial quando se torna crônica, levando a problemas metabólicos. A enzima CaMKK2 é responsável por manter essa inflamação ativa, prejudicando o metabolismo da glicose.

Resultados significativos do experimento

Os pesquisadores criaram ratos geneticamente modificados que não produziam CaMKK2 em células mieloides. Mesmo com uma dieta hipercalórica, esses ratos mantiveram-se magros, queimando mais energia e apresentando menores níveis de glicose e insulina. Isso sugere que a remoção da CaMKK2 permite que o tecido adiposo funcione de maneira mais eficiente, como em pessoas saudáveis.

Implicações para o tratamento da obesidade

Os resultados deste estudo podem ser um marco na criação de medicamentos antiobesidade mais eficazes e direcionados. Inibidores da CaMKK2 poderiam oferecer uma nova abordagem para tratar não apenas a obesidade, mas também a resistência à insulina e a inflamação crônica. Essa pesquisa representa um avanço significativo na compreensão do papel das células imunes no ganho de peso e abre novas possibilidades para intervenções terapêuticas mais seguras e eficazes.

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