Análise da agência após eleições de meio de mandato
Mesmo após as eleições que reforçaram o governo de Javier Milei, a Fitch mantém a classificação de risco da Argentina em "CCC+", indicando alto risco de calote.
Em Buenos Aires, 31 de outubro de 2023, a Fitch reafirmou a classificação de risco da Argentina em “CCC+” após as eleições de meio de mandato realizadas em 26 de outubro, que fortaleceram o governo de Javier Milei. Apesar do apoio dos EUA e das reformas liberais esperadas, a agência destaca que o risco de calote permanece elevado, refletindo a capacidade de pagamento muito baixa do país.
Apontamentos da Fitch sobre a situação
A classificação “CCC+” indica um grau de crédito especulativo e uma real possibilidade de calote. A Fitch já havia elevado a nota de crédito da Argentina em maio, quando as reformas econômicas começaram a tomar forma. No entanto, a recente vitória de Milei, que garantiu 92 assentos na Câmara e 19 no Senado, não foi suficiente para alterar a percepção da agência sobre a vulnerabilidade econômica do país.
Dependência de apoio externo
A Fitch observa que, embora o empréstimo de US$ 40 bilhões garantido pelo governo dos EUA tenha ajudado a estabilizar a situação, a necessidade de tal apoio revela a fragilidade da posição de liquidez externa da Argentina. A agência enfatiza a importância de mudanças políticas que permitam ao país acumular reservas de forma sustentável, reduzindo sua dependência de créditos emergenciais.
O futuro da economia argentina
A necessidade de reformas estruturais é evidente, pois a Argentina enfrenta um grande estoque de dívidas de crises passadas. O sucesso de Milei em implementar suas propostas dependerá de alianças políticas, além de um plano claro para elevar a confiança dos investidores e estabilizar a economia local.