A era do consumidor híbrido: unir loja física e digital no varejo fitness

Como integrar pontos de venda e plataformas digitais para oferecer experiência fluida em saúde, bem-estar e performance.

Estudos revelam que 60% dos consumidores brasileiros já adotam o comportamento híbrido, comprando tanto em ambientes digitais quanto nas lojas físicas, evidenciando a urgência de estratégias omnichannel no varejo fitness. Essa tendência exige que marcas do segmento unifiquem canais para que a jornada do cliente seja contínua, coerente e sem atritos.

                                                                                                                                                        João Ferrari, CEO da NutraFit, reconhece essa mudança como fundamental para o futuro do varejo de saúde. Como líder de uma rede especializada em suplementos e inovação em bem-estar, ele observa que “o cliente hoje exige coerência entre showroom digital e loja presencial, e não aceita mais que cada canal fale uma língua diferente”, afirma.

No modelo tradicional, canal digital e loja física operavam como universos separados: estoque distinto, comunicação isolada, políticas diferentes. Essa fragmentação tornou-se obsoleta frente à nova era do consumidor, que não distingue canais, mas exige uma marca que responda de modo unificado.

A integração de canais (online e físico) traz benefícios que vão além do marketing: melhora a gestão de estoque, reduz rupturas, amplia alcance e fortalece a fidelização. No setor fitness, essa convergência toma formas estratégicas. Por exemplo, o cliente pode começar consultando suplementos online, seguir para experimentar versões físicas em loja, retornar ao site para comprar e usar pontos de retirada (click & collect). Tudo isso deve ocorrer sem descontinuidade, com identidade visual, preços e atendimento uniformes.

O empresário enfatiza que “essa vivência integrada cria confiança, se o cliente vê preço, promoção ou estoque em um canal e não encontra no outro, perde-se credibilidade” , comenta.

Para viabilizar esse cliente híbrido, a tecnologia é peça central: plataformas que integram estoque em tempo real, CRM unificado, sistemas de geolocalização e apps que conversam com a loja. Além disso, o uso de dados com o comportamento digital dos clientes, para antecipar necessidades e personalizar ofertas.

A fluidez entre canais também depende de políticas bem definidas: devoluções entre loja e digital, cupons válidos em todos os ambientes, atendimento cross-channel e equilíbrio em campanhas. Sem isso, a harmonia desaparece e o consumidor percebe o atrito.

À medida que a cultura híbrida avança, marcas que não se adaptarem perderão relevância. No segmento de saúde, onde confiança e credibilidade são essenciais, essa integração deixa de ser diferencial para ser um requisito básico.

Para o varejo fitness, a nova fronteira é eliminar barreiras: loja física, e-commerce, mídias sociais, live commerce e atendimento por app devem formar uma rede única. É hora de transformar cada ponto de contato numa extensão do propósito da marca como um todo, oferecendo saúde, inovação e resultado, sinergicamente.

Esse é o momento para o varejo de performance construir experiências que respeitem o cliente híbrido, com tecnologia, estratégia e consistência, e assim conectando corpo, dados e serviço em um fluxo contínuo. “Quem entender que o futuro do varejo é integração e não separação vai prosperar. O foco precisa estar em unir performance e propósito, tanto na jornada digital quanto dentro da loja”, conclui  o empresário João Ferrari.

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