Senador aponta 'narrativa ideológica' do governo Lula em comparação
Em pronunciamento no Senado, Eduardo Girão comparou a operação no Rio de Janeiro com a do Ceará, criticando a cobertura midiática.
Em 3 de novembro de 2025, em sessão no Senado, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez uma comparação entre as operações policiais no Rio de Janeiro e no Ceará, enfatizando a diferença na cobertura midiática e a abordagem do governo federal. A operação no Rio resultou na morte de 121 pessoas, enquanto uma ação no Ceará também teve mortes, mas não gerou a mesma repercussão.
Disparidade nas reações
O senador observou que a operação no Ceará, ocorrida no mesmo final de semana, foi considerada um sucesso, mas não recebeu críticas semelhantes, o que ele atribui a uma “narrativa ideológica” do governo Lula. Girão declarou que essa diferença revela uma tendência de tratamento desigual, dependendo da filiação política dos governos envolvidos.
Defesa das forças policiais
Girão defendeu a atuação das forças policiais, argumentando que o enfrentamento ao crime organizado é necessário para a restauração da ordem nas áreas dominadas por facções. Ele criticou a inação do governo federal frente ao aumento da violência, ressaltando a importância de ações firmes por parte da polícia do Rio de Janeiro.
Classificação de facções como terroristas
O senador também abordou a necessidade de classificar facções criminosas, como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC), como grupos terroristas. Ele destacou que esses grupos impõem medo à população e controlam territórios, utilizando a violência como instrumento de poder. Girão mencionou que países vizinhos já adotaram essa medida, enquanto o Brasil ainda não se posicionou sobre o tema.
CPI do Crime Organizado
Além disso, Girão defendeu a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, que deve ser instaurada nesta semana. Ele lembrou que a proposta foi apresentada em 2022 e visa investigar a atuação de grupos criminosos em diversos estados do Brasil.
