Governador do Rio apresenta justificativas sobre a megaoperação que resultou em 121 mortes
Em reunião nesta segunda-feira (3), governador do Rio, Cláudio Castro, justificou a operação que deixou 121 mortos ao apresentar dados a Alexandre de Moraes.
Nesta segunda-feira (3), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), se reuniu com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para discutir a megaoperação nos Complexos do Alemão e Penha, que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais. Castro justificou a ação, afirmando que seguiu as regras da Corte e que o nível de força foi compatível com as ameaças enfrentadas.
Detalhes da operação
O governador explicou que o nível de força utilizado pelas equipes policiais foi adequado e limitou-se ao padrão institucional, utilizando fuzis semiautomáticos, pistolas e viaturas blindadas. A operação mobilizou 2.500 agentes, sendo 1.800 da Polícia Militar e 650 civis, após um ano de investigação e 60 dias de planejamento tático. O saldo foi de 113 prisões e 120 armas apreendidas, incluindo 93 fuzis e explosivos, com um valor estimado do arsenal em R$ 12,8 milhões.
Contexto e repercussão
Após a operação, que ocorreu na terça-feira (28), Moraes agendou audiências para abordar o episódio. Pesquisas indicam que a maioria da população do Rio de Janeiro aprovou a operação, apesar do alto número de mortes. Castro apresentou sua defesa durante um almoço reservado com o ministro, que é relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas, que monitora as ações policiais no estado.