Parlamentares da CPMI do INSS questionam declarações do presidente da CBPA
Parlamentares da CPMI do INSS sugerem prisão de Abraão Lincoln Ferreira, gestor da CBPA, por falso testemunho em depoimento.
Em 3 de novembro de 2025, durante sua oitiva à CPMI do INSS, o presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira, foi acusado de apresentar “inverdades e contradições” em seu depoimento. Parlamentares, liderados pelo relator Alfredo Gaspar, sugeriram sua prisão por falso testemunho, em meio à investigação da Operação Sem Desconto, que apura fraudes em benefícios do INSS.
Contradições e questionamentos dos parlamentares
Durante a sessão, Lincoln se absteve de responder a diversas indagações, gerando críticas por parte dos parlamentares. O relator afirmou que a recusa em responder poderia ser interpretada como tentativa de obstrução da justiça. A CPMI investiga a movimentação de R$ 157 milhões por Lincoln, um aposentado que, segundo os parlamentares, apresenta inconsistências em sua declaração de renda.
Relação da CBPA com fraudes e corrupção
O senador Izalci Lucas apontou que a CBPA é um dos principais eixos da suposta arquitetura criminosa revelada pela Operação Sem Desconto. Ele mencionou indícios de corrupção e lavagem de dinheiro. A convocação de Lincoln para depor foi motivada por requerimentos de vários senadores, que ressaltaram a importância de esclarecer o papel da CBPA nas fraudes.
Repercussões e próximos passos
O relator Alfredo Gaspar destacou que 99,5% dos filiados à CBPA não reconheceram os descontos em suas contas, levantando suspeitas sobre a gestão financeira da entidade. As discussões na CPMI continuarão, com o objetivo de esclarecer as movimentações financeiras e a relação de Lincoln com outros investigados. As próximas reuniões da CPMI estão programadas para dar continuidade às investigações, com foco em garantir a transparência e a responsabilidade na gestão de recursos do INSS.