Movimentos políticos e opinião pública em destaque no Rio de Janeiro
Enquanto a oposição se reorganiza, o governo evita críticas à megaoperação no RJ. Pesquisa mostra apoio popular a medidas mais duras.
Enquanto o Palácio do Planalto evita críticas diretas à megaoperação policial no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (3), a oposição vê uma oportunidade de se reorganizar e obter protagonismo. Uma pesquisa Genial/Quaest revelou que 72% dos moradores do Rio apoiam o enquadramento de facções criminosas como organizações terroristas, uma mudança que enfrenta resistência do governo federal.
Estratégias e posicionamentos do governo e oposição
Diversas pesquisas indicam que a maioria da população é a favor da operação realizada na semana passada na capital fluminense. Enquanto isso, o governo Lula e o governador Castro definem a estrutura de um escritório contra o crime, e a pressão por ações mais efetivas na segurança pública cresce entre os aliados do presidente. O Planalto tem investido em publicações nas redes sociais que exaltam o endurecimento das medidas contra o crime organizado, incluindo a recente assinatura do projeto antifacção.
CPI do Crime Organizado e suas implicações
A oposição também busca fortalecer sua agenda com a criação da CPI do Crime Organizado, com início marcado para esta terça (4) no Senado. No entanto, alguns parlamentares expressaram receios sobre possíveis retaliações de criminosos. O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) é um dos cotados para assumir a relatoria, embora sua proximidade com o Planalto em algumas questões tenha gerado debate entre os integrantes da oposição, que observam com interesse seu passado como delegado da Polícia Civil.
Contexto político e próximos passos
A dinâmica atual no Congresso reflete um cenário de reestruturação política, onde a oposição tenta se reposicionar após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Governadores de direita também exploram essa situação em busca de se cacifar para a presidência em 2026. Com a pressão por uma análise mais rápida da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da segurança pública, o governo Lula tenta não deixar que o tema desgaste sua imagem, enquanto os parlamentares de esquerda levantam críticas sobre a insuficiência das propostas do Executivo.