A tecnologia biomimética que imita medusas pode revolucionar o monitoramento dos oceanos
A China desenvolveu um robô água-viva que promete revolucionar a exploração dos oceanos, combinando biologia e tecnologia.
Em 4 de novembro de 2025, a China deu um passo significativo na intersecção entre biologia e tecnologia ao apresentar um robô água-viva desenvolvido por pesquisadores da Northwestern Polytechnical University, em Xi’an. Este dispositivo, conhecido como “fantasma subaquático”, é projetado para observação silenciosa em ambientes subaquáticos, representando um avanço notável no campo da biomimética.
Características do robô água-viva
O robô possui uma aparência translúcida e um tamanho compacto de apenas 12 centímetros de diâmetro, pesando 56 gramas. Seu funcionamento é extremamente econômico, consumindo cerca de 28,5 miliwatts de energia. Equipado com uma câmera integrada e um chip de inteligência artificial, ele é capaz de identificar objetos submersos, o que amplia suas aplicações em monitoramento ecológico e segurança marítima.
Tecnologias de propulsão e movimentação
Para replicar os movimentos naturais das medusas, engenheiros utilizaram atuadores eletro-hidráulicos e materiais baseados em hidrogel. Esses mecanismos permitem uma propulsão silenciosa e fluida, simulando os impulsos neurais da espécie original e proporcionando um movimento pulsante característico.
Aplicações e implicações
O robô água-viva foi projetado para atuar em diversas funções, como:
- Monitoramento discreto em áreas profundas;
- Observação de regiões ecologicamente sensíveis;
- Inspeção de instalações subaquáticas;
- Missões de vigilância de longo prazo.
Durante demonstrações em diferentes condições aquáticas, o robô identificou com precisão objetos, mostrando seu potencial em ambientes submarinos extremos. Entretanto, pesquisadores alertam sobre os riscos de organismos marinhos confundirem o robô com presas naturais, algo já observado em tartarugas que ingerem plásticos.
Futuro da robótica inspirada em medusas
Apesar do entusiasmo em torno dessa tecnologia, informações sobre a velocidade e profundidade máxima ainda não foram divulgadas, o que indica que a pesquisa está em constante evolução. O projeto se junta a uma série de iniciativas globais voltadas para a robótica inspirada em criaturas marinhas, destacando o crescente interesse por soluções inovadoras para exploração oceânica.