Astrônomos capturam nova imagem do cometa no Arizona
O cometa 3I/ATLAS voltou a ser visível da Terra após sua passagem pelo periélio em 29 de outubro de 2025, despertando interesse na comunidade científica.
O cometa interestelar 3I/ATLAS voltou a ser visível da Terra após sua passagem pelo periélio, em 29 de outubro de 2025, a 1,4 unidades astronômicas do Sol. Capturado pelo Observatório Lowell, no Arizona, o objeto exibe um brilho azulado incomum, segundo estudo publicado na plataforma arXiv. Astrônomos apontam que sua composição química, rica em dióxido de carbono, desafia modelos conhecidos. A comunidade científica intensifica observações para entender sua origem.
Descoberta e características do cometa
O cometa, descoberto em julho de 2025 pelo telescópio ATLAS, no Chile, é o terceiro objeto interestelar identificado. Ele segue uma trajetória hiperbólica, com velocidade superior a 210 mil km/h, indicando origem fora do Sistema Solar. Sua passagem desperta interesse por possíveis pistas sobre a formação do universo. Telescópios amadores já podem detectá-lo no Hemisfério Norte.
Observações e estudos em andamento
Qicheng Zhang, pesquisador do Observatório Lowell, capturou a primeira imagem óptica do 3I/ATLAS pós-periélio em 31 de outubro. A foto revela uma mancha difusa com coloração azulada, associada à emissão de gases. Observações do Telescópio Espacial James Webb mostram uma coma dominada por dióxido de carbono. Essa proporção, incomum em cometas, sugere formação em condições distintas. A presença de cianeto e níquel também foi detectada, similar a cometas do Sistema Solar.
Implicações para a pesquisa científica
A sublimação de gelo, intensificada no periélio, revela mais sobre sua estrutura. Pesquisadores aguardam novos dados para confirmar o tamanho do núcleo, estimado entre 0,32 e 5,6 km. A Rede Internacional de Alerta de Asteroides (IAWN) conduzirá um treinamento entre novembro de 2025 e janeiro de 2026 para aprimorar medições astrométricas do cometa. O 3I/ATLAS não representa risco à Terra, estando a 270 milhões de km. O cometa ficará visível até dezembro de 2025, e novas análises estão programadas para esclarecer a composição gasosa e a razão entre enxofre e oxigênio.
Fonte oficial: https://olhardigital.com.br/
