A disputa pela presidência da comissão gerou tensões entre governistas e opositores

Em 4 de novembro de 2025, a CPI do Crime Organizado foi marcada por um intenso bate-boca entre governistas e opositores.

Em 4 de novembro de 2025, às 14h03, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado teve um início tumultuado, com intensos debates e acusações entre governistas e opositores. A sessão de abertura foi marcada por um bate-boca antes mesmo da eleição da presidência, que foi vencida pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES).

Conflito entre governistas e oposição

Antes da sessão, líderes de ambas as partes tentaram um acordo sobre a presidência, mas a falta de consenso levou a uma votação. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) expressou sua indignação, chamando a ação do governo de “manobra vergonhosa”. O senador Otto Alencar (PSD-BA), que presidiu a sessão inaugural, rebatendo Girão, afirmou que “as palavras de vossa excelência não me passam lição”.

Acusações de interferência política

Girão criticou a intenção do governo de colocar um petista na presidência, considerando a CPI um instrumento da minoria do Senado. Em resposta, Alencar lembrou que também enfrentou tentativas de interferência durante a CPI da Covid, reforçando que não permitirá que a comissão seja usada como palanque político. Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu que não houve interferência do ex-presidente, mas foi confrontado por Alencar, que relatou ameaças e pressão para sua retirada da comissão.

O futuro da CPI do Crime Organizado

Com um ambiente já polarizado, a CPI do Crime Organizado promete ser um espaço de intensos debates e revelações. A condução dos trabalhos e as possíveis investigações sobre o crime organizado no Brasil estarão sob o olhar atento da sociedade e das autoridades.