Lula foca em líderes do crime e aliados na CPI contra oposição

Ações de inteligência e críticas à operação no Rio marcam discurso do presidente

O presidente Lula investe em críticas ao crime organizado e propõe ações de inteligência em CPI no Senado.

Em 4 de outubro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou a investir em um discurso voltado para líderes do crime organizado, enfatizando ações de inteligência e apostando na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para conter a oposição. O presidente criticou publicamente a operação no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, chamando-a de “matança” e “desastrosa”.

Críticas à operação no Rio

Lula, em suas declarações, expressou a necessidade de que peritos da Polícia Federal acompanhem as investigações forenses relacionadas à operação no Rio. A oposição, por sua vez, criticou a postura do presidente, alegando que ele deveria ter manifestado solidariedade às famílias dos policiais mortos em vez de criticar a ação da polícia, da qual a PF não participou.

Ações governamentais contra o crime organizado

O presidente afirmou que o governo está comprometido em “quebrar a espinha dorsal do tráfico de drogas e do crime organizado”. Ele destacou que as ações devem incluir uma maior integração entre as forças de segurança e um foco nos líderes do crime. Lula também mencionou operações em outros estados, como Bahia e Ceará, com a intenção de desarticular as organizações criminosas.

O papel da CPI e alianças no Congresso

A CPI, presidida por Fabiano Contarato (PT), foi criada para investigar o crime organizado e conta com um forte apoio governista. A expectativa é que, sob a liderança de Contarato, o governo minimize eventuais desgastes. Além disso, o governo busca avançar na Câmara dos Deputados com projetos antifacção e a PEC da Segurança Pública, que ainda não têm prazos definidos para votação.

Desafios legislativos e próximos passos

Nesta terça-feira, a análise do projeto que equipara organizações criminosas a organizações terroristas foi adiada. Governistas expressaram preocupações sobre possíveis brechas que poderiam permitir interferências estrangeiras no Brasil. O assunto deve voltar à pauta da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara nesta quarta-feira.

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