Fundo florestas tropicais para sempre: Brasil apresenta nova iniciativa

Arquivo CNN Brasil

Mecanismo busca financiar a proteção das florestas tropicais globalmente

Durante a COP30 em Belém, Brasil apresenta o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que visa financiar a proteção das florestas tropicais.

Durante a COP30, em Belém, o Brasil vai apresentar ao mundo uma de suas principais apostas para o futuro do clima: o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês). A iniciativa, liderada pelo país e construída em parceria com outras dez nações, quer criar um mecanismo permanente de financiamento para proteger, restaurar e valorizar as florestas tropicais em todo o planeta.

Iniciativa inovadora e apoio internacional

O TFFF reúne governos, empresas e organizações internacionais em um modelo inovador que prioriza investimentos sustentáveis. O Banco Mundial foi autorizado a atuar como administrador interino e a hospedar o secretariado do fundo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a decisão “transforma o TFFF de uma ideia em uma realidade plenamente operacional”. A iniciativa será lançada oficialmente durante a COP30, em Belém.

Financiamento significativo e benefícios sociais

O fundo, anunciado na COP28 em Dubai, poderá gerar cerca de US$ 4 bilhões por ano, quase três vezes o volume atual de financiamento internacional para florestas. Além disso, o TFFF foi desenhado para beneficiar os povos indígenas e comunidades tradicionais, destinando pelo menos 20% dos recursos anuais diretamente a essas populações. Segundo fontes do governo, Alemanha, Noruega, Reino Unido, França, Estados Unidos e Emirados Árabes devem anunciar contribuições ao fundo.

Gestão e penalizações

O capital será aplicado em uma carteira diversificada de ativos de renda fixa de longo prazo, gerida por administradores internacionais selecionados por meio de concorrência. Os rendimentos dessa carteira serão utilizados para pagar a dívida principal, os juros aos investidores e, finalmente, para financiar os pagamentos aos países participantes com base nos resultados de preservação florestal. O TFFF e o REDD+ podem gerar até 60% dos recursos necessários para zerar o desmatamento até 2030. Países que não cumprirem os requisitos de preservação serão penalizados, com redução ou suspensão do repasse de recursos equivalente a 100 vezes o valor que seria recebido – ou US$ 400 por hectare desmatado.

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