Operação Carbono apreende bens de luxo e fecha postos de combustíveis

Divulgação/PCPI

Ação da Polícia Civil do Piauí investiga fraudes no setor

Nesta quarta-feira (5), a Polícia Civil do Piauí deflagrou a Operação Carbono Oculto 86, resultando na interdição de 50 postos de combustíveis e apreensão de bens de luxo.

Em Teresina-PI, no dia 5 de novembro de 2025, a Polícia Civil do Piauí desencadeou a Operação Carbono Oculto 86, visando desmantelar o esquema financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) em postos de combustíveis. A ação resultou na interdição de 50 postos nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins, além da apreensão de imóveis, uma aeronave e veículos de luxo.

Números e impactos da operação

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), foram expedidos 17 mandados de busca em diversas localidades, incluindo São Paulo, que é o núcleo principal da organização. O grupo é investigado por diversas irregularidades, incluindo lavagem de dinheiro e fraudes tributárias, utilizando empresas de fachada e fintechs para dissimular a origem de seu patrimônio. Entre os postos interditados, estão os localizados em:

  • Piauí: Teresina, Lagoa do Piauí, Demerval Lobão, Miguel Leão, Altos, Picos, Canto do Buriti, Dom Inocêncio, Uruçuí, Parnaíba e São João da Fronteira;
  • Maranhão: Caxias, Alto Alegre e São Raimundo das Mangabeiras;
  • Tocantins: São Miguel do Tocantins.

Contexto da Operação Carbono Oculto

A Operação Carbono Oculto foi iniciada em 28 de agosto de 2025 e é considerada a maior ação contra o crime organizado no Brasil. A investigação abrange todos os elos da cadeia de combustíveis, desde a importação até a comercialização ao consumidor final, revelando um esquema que movimentou mais de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, mas que pagou apenas R$ 90 milhões em impostos, representando apenas 0,17% do total. Para lavar o dinheiro, o grupo utilizou cerca de 40 fundos, controlados por operadores do centro financeiro da Faria Lima.

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