Centrão e segurança pública: os desafios da anistia

Igo Estrela/Metropoles

Movimentos do Centrão e a busca por unidade contra proposta de anistia

Líderes do Centrão se reúnem para discutir anistia e segurança pública em Belém.

Centrão tenta enterrar anistia e ouve Castro sobre segurança pública

Em Belém-PA, no dia 5 de novembro de 2025, líderes do Centrão se reuniram para discutir estratégias contra a proposta de anistia ao 8 de Janeiro. O encontro foi marcado por uma conversa reservada com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que buscou apoio em pautas de segurança pública.

A busca por unidade no Centrão

Os líderes do Centrão estão determinados a consolidar uma posição unificada contra a votação da anistia. A preocupação central é que a proposta continue sendo defendida pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, até que uma negativa clara seja apresentada. Esse movimento é impulsionado pelo temor de que a iminente prisão de Bolsonaro possa gerar nova paralisia no Congresso, como ocorreu em agosto, quando parlamentares realizaram um motim no plenário.

Demandas de segurança pública

Outro ponto levantado na reunião foi a necessidade de maior atenção às pautas de segurança pública. Durante o almoço, Castro enfatizou que ele e outros governadores devem ser ouvidos nas discussões sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa reformar políticas da área. Essa PEC, enviada pelo governo Lula em abril, está prevista para votação no início de dezembro. O governo também apresentou um projeto antifacção que o Centrão pretende apensar a outra proposta que equipara facções criminosas a grupos terroristas.

Contexto legislativo e próximos passos

O cenário político é delicado, especialmente com o orçamento de um ano eleitoral se aproximando. Os líderes do Centrão, que se sentem impactados pela situação do presidente da Câmara, Hugo Motta, estão cautelosos em evitar novas turbulências. O encontro não conseguiu definir uma posição clara sobre a anistia, mas as discussões sobre segurança pública estão se intensificando, refletindo a urgência de um consenso antes das votações programadas.

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