Discrepâncias nos dados da megaoperação do Rio de Janeiro

Agência Brasil

Informações oficiais divergem das apresentadas ao STF

Dados divergentes sobre a megaoperação no Rio de Janeiro foram enviados ao STF, mostrando discrepâncias nas informações oficiais.

As informações sobre a megaoperação policial entregues pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, divergiram dos números oficiais divulgados na semana passada. Em coletiva de imprensa na última quarta-feira (28), as secretarias informaram que 119 pessoas morreram e 113 suspeitos foram presos. No entanto, o relatório ao STF fala em 121 mortos e 99 detidos.

Divergências nos números e apreensões

Além das discrepâncias nas contagens de mortos e presos, a contagem de armas também apresentou diferenças significativas. O relatório ao Supremo indica 122 armas apreendidas, sendo 96 fuzis, 25 pistolas e 1 revólver, além de 260 carregadores e cerca de 5.600 munições. As secretarias, por outro lado, apresentaram dados diferentes, o que levanta preocupações sobre a veracidade das informações.

Impactos da megaoperação

A megaoperação realizada nos Complexos da Penha e do Alemão foi a mais letal da história do Rio de Janeiro. No dia 5 de outubro, o ministro Moraes conduziu uma audiência conjunta com entidades de direitos humanos para discutir as alegações de violações durante a operação. Organizações civis relataram abusos e execuções, enquanto o governo do estado defendeu a necessidade da ação para combater organizações criminosas.

Análise das ações policiais

O relatório do governo do RJ e os relatos das organizações serão analisados pelo ministro Moraes, que assumiu temporariamente a relatoria da chamada “ADPF das Favelas”. Esta ação visa estabelecer protocolos para monitorar e limitar ações policiais no estado, com o objetivo de reduzir a letalidade em áreas periféricas. Moraes avaliará se as determinações do Supremo foram desrespeitadas durante a megaoperação.

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