Ação judicial gira em torno de contratos e promessas não cumpridas

McLaren Racing processa Alex Palou em um caso de R$ 107 milhões por quebras de contrato e evidências supostamente destruídas.

Na quarta-feira (4 de outubro), foram apresentados os argumentos finais do processo de quebra de contrato movido pela McLaren Racing contra o piloto Alex Palou. O caso, que começou em setembro no Tribunal Superior de Londres, gira em torno de contratos que Palou assinou com a McLaren antes de decidir permanecer na Chip Ganassi Racing, acreditando que não teria chances de competir na Fórmula 1. A McLaren inicialmente buscava R$ 150 milhões em danos, mas o valor foi reduzido para R$ 107 milhões, visando recuperar perdas supostamente relacionadas a patrocínios e salários de pilotos.

O embate e suas consequências

Palou, que se destacou ao ganhar três títulos consecutivos na IndyCar e a Indianapolis 500, alegou que os contratos com a McLaren foram baseados em mentiras e que nunca teria a oportunidade de pilotar na Fórmula 1. Durante o processo, seu advogado acusou Zak Brown, CEO da McLaren, de destruir provas ao deletar mensagens do WhatsApp que poderiam ser relevantes para o caso. A McLaren, por sua vez, argumenta que a saída de Palou antes da temporada de 2024 resultou em danos financeiros, pois teve que buscar outros pilotos, como Marcus Ericsson, que já havia se comprometido com outra equipe.

A defesa de Palou

Palou defende que não deve nada à McLaren e que foi enganado sobre suas oportunidades na Fórmula 1. Ele também ressaltou que, apesar de ser o melhor piloto da IndyCar nos últimos anos, não está entre os mais bem pagos da categoria. A defesa de Palou apontou que as alegações da McLaren sobre perdas financeiras não são credíveis e que o uso da função de mensagens desaparecedoras no WhatsApp pela equipe levanta sérias dúvidas sobre a integridade do processo. O caso continua a ser um marco na relação entre pilotos e equipes na Fórmula 1 e IndyCar.