Selic a 15%: o que fazer com seus investimentos agora

Análise do estrategista do Santander sobre Bolsa e renda fixa

Após a manutenção da Selic em 15%, investidores ponderam entre renda fixa e Bolsa. O estrategista do Santander, Caio Camargo, oferece insights sobre o cenário atual.

Em 7 de outubro de 2025, o Banco Central manteve a taxa básica de juros (Selic) em 15%, uma decisão esperada pelo mercado. Com isso, investidores se questionam se devem permanecer na segurança da renda fixa ou aproveitar os recordes da Bolsa, com o Ibovespa acumulando alta de 27% no ano, alcançando 152 mil pontos.

Perspectivas de investimentos

Segundo o estrategista do Santander, Caio Camargo, a recomendação é calibrar a carteira, mantendo tanto renda fixa quanto ações. Ele afirma que “quem não tomou risco, seja em renda fixa ou variável, acabou deixando dinheiro na mesa”. Camargo sugere que a renda fixa é mais atrativa neste momento, especialmente os títulos pós-fixados e aqueles atrelados à inflação, com taxas reais de 7% a 8%. Embora o rendimento possa ser impactado no curto prazo, a perspectiva a longo prazo é positiva.

Contexto global e local

Camargo destaca que a alta não é apenas mérito local, mas também influência da rotação global de ativos. O Federal Reserve (Fed) dos EUA cortou sua taxa básica para 3,75% a 4%, o que pode favorecer o fluxo de investimentos para o Brasil. Ele observa que a Bolsa brasileira está acessível e que a taxa de câmbio está controlada, o que oferece oportunidades para investidores estrangeiros.

Preparação das empresas

As empresas brasileiras estão em boa posição, com endividamento controlado e balanços sólidos, prontos para enfrentar a volatilidade prevista para 2025. Camargo recomenda priorizar ações com bons dividendos, mantendo uma abordagem equilibrada em relação ao risco.

Expectativas para o futuro

Apesar das melhorias na inflação e câmbio, Camargo aponta que o Copom pode hesitar em agir ainda este ano, com expectativas de cortes de juros sendo empurradas para 2025. A incerteza permanece, e o investidor deve estar preparado para a volatilidade que se aproxima.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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