A obra de Mary Shelley e suas implicações contemporâneas
A obra de Mary Shelley, "Frankenstein", explora a opressão e a criação de vida, refletindo sobre o poder masculino e feminino.
Em 6 de novembro de 2025, a análise da obra “Frankenstein”, escrita por Mary Shelley, ganha novos ângulos, especialmente sobre a opressão de gênero e a busca pelo poder criador. A narrativa se desdobra em um contexto onde a inveja do poder divino leva os homens a oprimirem as mulheres, refletindo um sistema que controla principalmente o corpo feminino.
A dualidade da criação
A obra destaca a capacidade biológica da mulher de gerar vida, enquanto critica a contribuição reduzida do homem nesse processo. A história do Dr. Victor Frankenstein, que cria vida a partir de partes de cadáveres, ressalta essa dualidade entre criação e destruição. A criatura, sem nome, busca seu criador, simbolizando o abandono e a responsabilidade do criador por sua criação, um tema que reverbera até os dias de hoje.
Novas adaptações e suas implicações
A adaptação mais recente de Guillermo del Toro traz uma visão gótica que humaniza o monstro, refletindo sobre o que significa ser humano e a natureza da criação. O filme destaca a relação entre Victor Frankenstein e sua criação, questionando a moralidade de “brincar de ser Deus” em um mundo onde a tecnologia busca replicar a vida.
Conexões com a atualidade
As discussões sobre Inteligência Artificial hoje em dia ecoam as preocupações de Shelley. Os líderes das maiores companhias de IA, todos homens, estão na vanguarda de uma nova busca pelo poder criador, mas sem considerar as advertências presentes na obra de Shelley. A criação de vida tecnológica pode se tornar uma nova forma de monstruosidade se não houver responsabilidade ética envolvida.
A reflexão sobre “Frankenstein” continua relevante, desafiando as normas de gênero e a ética na criação, enquanto o mundo contemporâneo enfrenta suas próprias crises de identidade e poder.
Fonte: www.metropoles.com
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