Combustível gera polêmica por ser equiparado a fósseis
Durante a COP30, Petrobras oferece diesel renovável que gera preocupação entre especialistas.
Em 06 de novembro de 2025, às 02h, em Belém, a Petrobras anunciou a oferta de “diesel com conteúdo renovável” durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá entre 10 e 21 de novembro. Contudo, esse diesel coprocessado é equiparado pela ANP a um combustível de origem fóssil.
Diesel coprocessado gera polêmica
A companhia confirmou que fornecerá Diesel S10 com 10% de Conteúdo Renovável, conhecido como R10, para ônibus e geradores de energia durante o evento. O diesel R é uma mistura de derivados fósseis com uma parcela de diesel renovável, produzido na Repar, no Paraná. A Petrobras utiliza a patente do HBio, que combina óleo vegetal com petróleo, mas essa escolha despertou críticas. A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel expressou preocupações, afirmando que alternativas mais sustentáveis foram propostas por empresas do setor.
Alternativas de biodiesel
Os produtores de biodiesel estão oferecendo opções sem petróleo, como o biodiesel 100% (B100) para geradores estacionários e o B25 (25% de biodiesel e 75% de diesel fossil) para o transporte coletivo do evento. Atualmente, o Brasil adota o B30 nas bombas de combustível. Segundo o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), o diesel R não é renovável por definição legal e não é rastreável, o que levanta questões sobre sua classificação como biocombustível.
Críticas ao diesel R
A controvérsia em torno do diesel R destaca a necessidade de um debate mais amplo sobre a sustentabilidade dos combustíveis utilizados em eventos de grande porte como a COP30. Especialistas e representantes do setor de biodiesel pedem uma revisão das políticas de combustíveis e um compromisso real com fontes de energia mais limpas e renováveis.