O futuro da política econômica de Trump está nas mãos da corte que ele moldou.
O futuro das tarifas de Trump está em jogo no Supremo Tribunal dos EUA, com juízes questionando a definição do governo sobre o que constitui uma tarifa.
Em 6 de novembro de 2025, a Suprema Corte dos EUA analisou a legalidade das tarifas impostas por Donald Trump, uma política econômica emblemática de sua administração. O futuro dessa estratégia, que promete impactos significativos, está nas mãos de juízes que Trump ajudou a nomear.
Argumentação do governo e reações
O advogado D John Sauer, representante do governo, afirmou que as tarifas são “tarifas regulatórias” e não têm o objetivo de arrecadar impostos, embora isso ocorra incidentalmente. Essa definição, no entanto, gerou controvérsia, especialmente após uma decisão de um tribunal de apelação que limitou os poderes de Trump sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), de 1977. Críticos, como a senadora Maria Cantwell, argumentaram que tarifas são, de fato, impostos sobre importações e que a administração deveria reconhecer isso.
Ceticismo da corte
Durante a audiência, os juízes mostraram ceticismo em relação à defesa do governo. A juíza Sonia Sotomayor questionou a afirmação de que tarifas não são impostos, enquanto o chefe de justiça, John Roberts, destacou que a imposição de impostos é uma autoridade fundamental do Congresso. Além disso, Trump frequentemente se gaba dos bilhões de dólares que suas tarifas arrecadam, contradizendo sua própria defesa.
Impacto nos negócios
O impacto das tarifas tem sido sentido por pequenos empresários e diversos estados que se uniram para contestar a política tarifária de Trump. Stephen Woldenberg, da Learning Resources, destacou a questão da autoridade fiscal nos EUA, enfatizando que não se pode permitir que um único político decida o futuro econômico do país. A corte, que promete uma decisão rápida, agora enfrenta a tarefa de equilibrar a política econômica de Trump com as preocupações sobre a autoridade legislativa.
Fonte: www.theguardian.com
Fonte: Aaron Schwartz/EPA