O MDHC esclareceu que não anunciou assistência financeira após a megaoperação policial

O MDHC desmentiu a proposta de auxílio financeiro a famílias de mortos em operação policial no Rio, que deixou 121 vítimas. A ministra visitou comunidades afetadas.

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) desmentiu, nesta quarta-feira (5), uma suposta proposta de assistência financeira a familiares de mortos na megaoperação policial que ocorreu nos Complexos da Penha e do Alemão na última semana. A ação das forças de segurança deixou 121 mortos, entre eles, quatro policiais.

A nota do ministério afirmou que “não foi consultado sobre o assunto, não fez nenhum anúncio de ajuda financeira às famílias” e esclareceu que “as informações veiculadas [em sites de notícias e nas redes sociais] são inverídicas”. A visita da ministra Macaé Evaristo ao Rio de Janeiro teve como principal objetivo o acolhimento às comunidades afetadas e a discussão sobre a retomada imediata dos serviços públicos de educação, saúde e assistência social nas áreas impactadas.

Contexto da megaoperação

Na última terça-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se referiu à megaoperação policial como uma “matança”. Ele destacou que a ação, que visava cumprir aproximadamente 100 mandados de prisão, não deveria ter resultado em tantas mortes. Lula classificou a operação de “desastrosa” e afirmou que o governo federal irá pressionar por uma investigação independente.

Consequências e reações

Realizada nos complexos do Alemão e da Penha, a operação “Contenção” envolveu cerca de 2.500 agentes e resultou na prisão de 113 suspeitos, incluindo líderes do Comando Vermelho. O saldo de 121 mortos superou o Massacre do Carandiru, tornando-se a operação mais letal da história do Brasil. O governo informou que mais de 95% dos identificados tinham vínculo com o Comando Vermelho, e muitos deles não eram do Rio de Janeiro.

Ações do governo

O MDHC afirmou que está articulando com órgãos públicos para garantir o funcionamento de serviços essenciais e mapeando as necessidades locais. Também foi aberto um canal no Disque 100 para receber relatos das comunidades impactadas pelas operações. O MPF (Ministério Público Federal) requisitou informações sobre a utilização de verbas federais durante a megaoperação.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br