Investigação revela fraude em postos de combustíveis em três estados
Investigação revela que postos usados pelo PCC movimentaram R$ 5 bilhões no Piauí, Maranhão e Tocantins.
Nesta quarta-feira (5), a Polícia Civil e o Ministério Público do Piauí deflagraram uma operação que resultou na interdição de 49 postos de combustíveis em 16 cidades, revelando que esses estabelecimentos, usados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), movimentaram R$ 5 bilhões no Piauí, Maranhão e Tocantins.
Detalhes da operação e impactos
A operação incluiu mandados de busca e apreensão em residências e empresas de investigados. As cidades afetadas no Piauí foram Teresina, Lagoa do Piauí, Demerval Lobão, Miguel Leão, Altos, Picos, Canto do Buriti, Dom Inocêncio, Uruçuí, Parnaíba e São João da Fronteira; no Maranhão, Peritoró, Caxias, Alto Alegre e São Raimundo das Mangabeiras; e em São Miguel do Tocantins, no Tocantins.
Os investigadores descobriram que o PCC utilizava empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para ocultar patrimônio e fraudar o mercado de combustíveis. Foram identificados ao menos 70 CNPJs utilizados para a lavagem de dinheiro, além de práticas como adulteração de combustíveis.
Consequências para o mercado e consumidores
O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, destacou que a infiltração do PCC trouxe desequilíbrio para os consumidores, que enfrentavam prejuízos devido à ‘bomba baixa’, resultante da adição irregular de aditivos aos combustíveis. Segundo Lucas, esse esquema prejudicou outros postos devido à concorrência desleal e impactou a arrecadação da Receita Federal.
O promotor de Justiça José William Pereira Luz, do Gaeco-PI, ressaltou que os criminosos estão ampliando suas atividades de lavagem de dinheiro, utilizando recursos do narcotráfico em setores legais como distribuição de medicamentos e construção civil.
Colaboração entre estados
A investigação contou com a colaboração do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que compartilhou informações da Operação Carbono Oculto, realizada em agosto deste ano. Essa sinergia entre as autoridades é fundamental para combater o crime organizado e suas ramificações no setor de combustíveis.
Fonte: nossodia.com.br
