Desenvolvido por pesquisadores da USP, o phantom melhora a qualidade de exames
Pesquisadores da USP criam um dispositivo que simula pulmão para melhorar exames de tomografia, visando a detecção precoce do câncer.
Em 2023, a Universidade de São Paulo (USP) apresentou um dispositivo inovador que simula pulmão, desenvolvido pelo físico Paulo Roberto Costa, visando aprimorar a qualidade de exames de tomografia computadorizada (TC). Este phantom é um modelo que permite a avaliação e otimização de protocolos de detecção de nódulos, fundamentais na luta contra o câncer de pulmão, que causou 28,6 mil mortes no Brasil em 2020.
Características e desenvolvimento do phantom
O phantom criado no IF-USP combina funcionalidades tradicionais com a produção de imagens que se assemelham ao pulmão humano. Utilizando impressão 3D e resinas, o dispositivo oferece características antropomórficas que permitem gerar imagens realistas, facilitando a análise de nódulos. O desenvolvimento, iniciado há cinco anos, contou com apoio da FAPESP e foi publicado na revista Medical Physics em agosto.
Colaboração e validação
O trabalho envolveu a colaboração de radiologistas, incluindo Marcio Sawamura, do Hospital das Clínicas da FM-USP, que ajudou na seleção de imagens reais para a construção de modelos. Parte da validação foi realizada na Universidade Radboud, na Holanda, em 2023, onde o phantom foi testado em equipamentos de última geração.
Impacto e futuro do dispositivo
O dispositivo não só preencherá uma lacuna no Brasil, onde phantoms de pulmão são caros e difíceis de acessar, mas também permitirá a implementação de protocolos de controle de qualidade em tomógrafos. Costa planeja desenvolver novas versões do phantom e explorar modelos antropomórficos adicionais para simular outras condições médicas, como pneumonias e infecções, utilizando ferramentas de inteligência artificial para quantificação de nódulos.
O desenvolvimento do phantom representa um avanço significativo na tecnologia de diagnóstico por imagem, com potencial para melhorar a detecção precoce de doenças e otimizar o uso de radiação em exames.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
Fonte: Léo Ramos Chaves/Revista Pesquisa FAPESP