Novo buraco negro supermassivo a 12,5 bilhões de anos-luz
Cientistas do INAF utilizaram o Telescópio James Webb para detectar um buraco negro supermassivo chamado BiRD, localizado a 12,5 bilhões de anos-luz.
Cientistas do Instituto Nacional de Astrofísica da Itália (INAF) anunciaram em 6 de novembro de 2023 que, utilizando o Telescópio James Webb, descobriram o buraco negro supermassivo conhecido como BiRD, localizado a aproximadamente 12,5 bilhões de anos-luz da Terra. Essa descoberta é uma contribuição significativa para o entendimento da evolução de buracos negros no universo primitivo.
Detalhes da descoberta
O BiRD possui uma massa equivalente a 100 bilhões de vezes a do Sol e foi detectado em torno do quasar J1030+0524. Durante a análise das imagens em infravermelho capturadas pelo JWST, os cientistas identificaram um ponto de luz brilhante que não estava presente em catálogos anteriores de raios-X e rádio. A luz emitida por BiRD levou cerca de 10 bilhões de anos para chegar à Terra, ocorrendo em um período conhecido como o “meio do universo”, que é um momento crucial para a formação de estrelas e galáxias.
Análise espectral
A equipe de pesquisa examinou o espectro do BiRD e identificou sinais de hidrogênio ionizado, especialmente linhas de absorção associadas ao gás hélio. Esses dados permitiram estimar a distância e a massa do buraco negro, indicando sua proximidade em relação a outros objetos detectados. A pesquisadora principal, Federica Loiacono, destacou que o espectro do BiRD indica um buraco negro ativo, contradizendo a presença de estrelas normais nesta região.
Comparações com outras descobertas
Quando comparado a outros buracos negros conhecidos, como os chamados “Pontos Vermelhos” (LRD) e o Rosetta Stone, o BiRD revela características similares em termos de largura de linha e absorção. Esses pontos vermelhos eram considerados candidatos a buracos negros supermassivos, mas a ausência de radiação de raios-X sugere a presença de uma camada densa de gás e poeira ao seu redor que bloqueia essa radiação.
Implicações para a astrofísica
A descoberta do BiRD é fundamental para entender como buracos negros se formam e evoluem no universo. O JWST, com suas capacidades avançadas de observação, possibilitou que os cientistas observassem objetos que antes eram invisíveis para telescópios anteriores. Essa nova era de descobertas promete expandir o conhecimento sobre a formação de buracos negros e suas interações com as galáxias que os abrigam, revelando informações cruciais sobre a história do universo.
Fonte: www.mixvale.com.br
Fonte: NASA、ESA、CSA