Especialista da Universidade Positivo orienta jovens sobre como transformar dúvidas em escolhas conscientes e duradouras
Com o fim do Enem se aproximando, muitos estudantes enfrentam o desafio de decidir qual caminho profissional seguir. A pedagoga e mestre em Educação Hilda Maria Zanetti Heller, docente e coordenadora do curso de Pedagogia da Universidade Positivo (UP), destaca que o primeiro passo para uma escolha acertada é o autoconhecimento. “Conhecer seus gostos, valores, habilidades e limitações é como ter um GPS interno que orienta o jovem a escolher um curso mais alinhado com sua essência e propósito de vida”, afirma.
Segundo a especialista, muitos jovens entram na universidade influenciados por modismos ou expectativas familiares e acabam frustrados. “A decisão profissional precisa nascer do que realmente motiva o estudante, não de pressões externas. A família e a escola devem apoiar, não controlar”, explica. Ela ressalta a importância de processos psicopedagógicos e testes vocacionais para que o aluno compreenda suas potencialidades de forma autêntica e segura.
Hilda também destaca que o mercado de trabalho atual exige muito mais do que conhecimento técnico: “As competências socioemocionais são decisivas. O comportamento, a maturidade e a capacidade de se relacionar bem no ambiente profissional são tão importantes quanto as habilidades acadêmicas.” Segundo ela, a escola deve ajudar o estudante a desenvolver essas habilidades desde cedo, por meio de projetos interdisciplinares, feiras de profissões e experiências práticas — como o Mochilão, feira universitária de profissões promovida anualmente pela Cruzeiro do Sul Educacional, que aproxima alunos da realidade dos cursos e das profissões.
Para a docente, a educação deve preparar o jovem não apenas para o vestibular, mas para a vida. “Precisamos formar pessoas críticas, flexíveis e conscientes do seu papel na sociedade. Mais importante do que escolher uma profissão é aprender a se reinventar em um mundo em constante mudança”, ressalta. Hilda recorda os quatro pilares da educação propostos pela Unesco — aprender a conhecer, a fazer, a ser e a conviver — e conclui: “Antes de escolher o que fazer, o jovem precisa descobrir quem ele é”.