Nadine Heredia pede para impedir extradição ao Peru

A ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, solicita ao STF proteção contra prisão e extradição. Ela é acusada de receber recursos ilícitos.

Em 06 de novembro de 2025, a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia Alarcón, entrou com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando que a Corte impeça qualquer ação que possa levar à sua prisão ou extradição ao Peru. Acusada de envolvimento em esquemas de financiamento ilícito de campanhas políticas, Heredia é uma figura central em um caso que envolve a construtora Odebrecht.

Contexto das acusações

Nadine Heredia foi primeira-dama do Peru entre 2011 e 2016, durante o governo de seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala. O casal foi considerado culpado por receber, de forma ilegal, fundos da Odebrecht e do governo da Venezuela para financiar as campanhas presidenciais de 2006 e 2011. Após sua condenação em abril deste ano, Heredia buscou asilo na embaixada brasileira em Lima e, posteriormente, foi para o Brasil.

A estratégia de defesa

A defesa de Nadine se apoia em decisões anteriores do STF que declararam a nulidade de provas obtidas através do acordo de leniência da Odebrecht. O pedido foi endereçado ao ministro Dias Toffoli e visa garantir que as evidências coletadas por meio de sistemas considerados vulneráveis, como Drousys e MyWebDay B, não sejam utilizadas contra ela. O STF já reconheceu a imprestabilidade dessas provas em casos relacionados ao marido de Nadine, Ollanta Humala, o que pode influenciar sua situação.

Implicações legais e políticas

Caso o STF acolha o pedido, isso pode ter repercussões significativas tanto para Heredia quanto para a relação entre Brasil e Peru. A ex-primeira-dama, agora no Brasil, aguarda a decisão do tribunal enquanto lida com as consequências de suas acusações e condenações.