Aeroportos enfrentam cortes significativos no número de voos devido à paralisação federal
Com a paralisação federal se estendendo, a FAA reduz voos em várias cidades dos EUA, o que pode resultar em milhares de cancelamentos.
Em 6 de novembro de 2025, a Administração Federal de Aviação (FAA) anunciou a redução de voos nos Estados Unidos em resposta à paralisação do governo, que já se estende por 38 dias. Essa decisão foi tomada para garantir a segurança no controle de tráfego aéreo em um momento em que o impasse entre republicanos e democratas continua sem solução.
A FAA identificou “mercados de alto volume” onde será necessário reduzir o tráfego aéreo em 4% até as 6h ET de sexta-feira, o que pode resultar em milhares de cancelamentos de voos e perturbações nos horários de alguns dos principais aeroportos do país. Sean Duffy, chefe do Departamento de Transporte, declarou que a medida não está relacionada à política, mas sim à necessidade de avaliar dados e mitigar riscos no sistema, pois os controladores trabalham sem remuneração. Estimativas apontam que os cortes podem afetar até 1.800 voos, resultando na perda de mais de 268.000 assentos.
Impactos nas operações dos aeroportos
Os aeroportos mais afetados incluem os de Atlanta, Charlotte, Denver, Dallas/Fort Worth, Orlando, Los Angeles, Miami e San Francisco. Cidades como Nova York, Houston e Chicago também sofrerão interrupções significativas, com múltiplos aeroportos impactados. Os três aeroportos que servem a área de Washington DC, incluindo o Aeroporto Internacional Washington Dulles e o Aeroporto Nacional Ronald Reagan de Washington, também enfrentarão cancelamentos e atrasos, complicando ainda mais a situação para os legisladores e outros viajantes.
Decisões judiciais e reações
Além da redução de voos, a Suprema Corte permitiu que a administração Trump implemente uma política que proíbe pessoas trans e não-binárias de escolher marcadores de sexo em passaportes que correspondam à sua identidade de gênero. Essa decisão foi criticada pelos juízes liberais, que a consideraram uma “perversão dolorosa e inútil”. A situação dos trabalhadores federais também se agrava, com cerca de 700.000 funcionários sendo afastados sem pagamento e outros 700.000 trabalhando sem remuneração durante a paralisação.
Próximos passos e repercussões
Os legisladores democratas, após vitórias eleitorais recentes, estão se posicionando para negociar com os republicanos, buscando garantir direitos e benefícios para os trabalhadores afetados. A pressão sobre a administração Trump aumenta, enquanto a situação da paralisação se torna cada vez mais insustentável.
Fonte: www.theguardian.com
Fonte: Mike Blake/Reuters