Aportes superam US$ 5,5 bilhões na COP30
Na COP30, reunião em 6 de julho, países anunciaram aportes de US$ 5,5 bilhões para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre.
Em 6 de julho de 2023, na COP30, o governo brasileiro comemorou um avanço importante na criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). Com anúncios de investimento de US$ 3 bilhões pela Noruega e aportes da França e Indonésia, os compromissos totais já superam US$ 5,5 bilhões. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a meta de US$ 10 bilhões pode ser alcançada antes do prazo final, em 2026.
Contribuições e expectativas
Os detalhes sobre os valores exatos das contribuições ainda não foram divulgados. A Noruega, maior investidora até o momento, condicionou seu aporte à condição de que o fundo alcance os US$ 10 bilhões. Por outro lado, a França se comprometeu a investir US$ 550 milhões até 2027. A expectativa é que novos anúncios ocorram em breve, com países como China e Emirados Árabes Unidos demonstrando forte apoio ao fundo.
Desafios e oportunidades
Apesar do sucesso do evento, o Brasil enfrentou decepções, como a falta de comprometimento do Reino Unido, que foi um dos pioneiros na formulação do fundo. A estrutura do TFFF visa ancorar investimentos por meio de fundos soberanos, promovendo uma nova abordagem de financiamento que busca escapar do modelo tradicional de doações, frequentemente insuficiente. Lula, ao longo de suas conversas internacionais, tem enfatizado a importância do fundo, que almeja arrecadar até US$ 25 bilhões para impulsionar investimentos privados e garantir a preservação das florestas tropicais.
O futuro do fundo
A expectativa do governo é que o fundo alcance US$ 125 bilhões em investimentos, possibilitando pagamentos de até US$ 4 por hectare preservado. O modelo de financiamento proposto tem sido bem recebido por especialistas e investidores, que veem uma oportunidade inovadora de enfrentar as mudanças climáticas.
Esta iniciativa se destaca em um contexto em que os países mais desenvolvidos têm sido criticados por sua falta de compromisso com as metas de financiamento climático, que deveriam totalizar cerca de US$ 1,3 trilhão por ano.
Fonte: www.moneytimes.com.br