Objetos interestelares: Oumuamua e Borisov em destaque

Sergey Kuznetsov/istock

Descubra as características e a importância desses visitantes do espaço.

Astrônomos confirmaram Oumuamua e Borisov como visitantes interestelares em nosso Sistema Solar. Entenda suas características e impactos.

Astrônomos confirmaram a passagem de dois objetos interestelares no nosso Sistema Solar: Oumuamua, detectado em 2017, e Borisov, identificado em 2019. Oumuamua, que entrou em outubro de 2017, foi registrado com uma velocidade de cerca de 26 km/s. Por outro lado, Borisov foi notado em agosto de 2019 e atingiu uma velocidade de 32 km/s. Essas passagens hiperbólicas ressaltam a origem externa desses corpos, que vieram de outros sistemas estelares.

Características de Oumuamua e Borisov

Oumuamua apresentou um formato alongado, semelhante a um charuto, e media cerca de 400 metros. Sua órbita hiperbólica, com excentricidade de 1,2, confirmou sua natureza interestelar. Astrônomos observaram uma aceleração não gravitacional, possivelmente causada pela liberação de gases. Em contraste, Borisov exibiu coma e cauda típicas de cometas, além de uma composição rica em monóxido de carbono, sugerindo que se formou em um disco protoplanetário distante.

Raridade das detecções e implicações

A raridade das detecções desses objetos se deve ao seu tamanho reduzido e baixa luminosidade. Muitas vezes, eles medem menos de 1 km e viajam rapidamente, o que os torna difíceis de serem captados por telescópios convencionais. A maioria dos objetos interestelares passa nas regiões externas do Sistema Solar, longe do alcance de observação. Além disso, colisões com planetas como Júpiter podem alterar suas trajetórias, dificultando ainda mais as detecções.

Avanços em detecções futuras

Telescópios como o Vera Rubin, que começará a operar em breve, prometem aumentar a capacidade de identificar esses visitantes do espaço. Estudos indicam que o Sistema Solar recebe entre 10 a 100 objetos interestelares por ano, e a análise com inteligência artificial para rastrear suas órbitas deverá aumentar ainda mais as descobertas nos próximos anos. Esses objetos carregam informações valiosas sobre a formação de sistemas planetários e a diversidade química no cosmos.

Fonte: www.mixvale.com.br

Fonte: Sergey Kuznetsov/istock

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