Resposta a tensões militares no Caribe
A Rússia se diz pronta para ajudar a Venezuela em resposta às ameaças de Trump, segundo a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
Em 7 de novembro de 2025, às 09h28, Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, afirmou que o país está preparado para responder aos pedidos de ajuda da Venezuela, em meio a uma crescente escalada de tensões do governo de Donald Trump contra o regime de Nicolás Maduro.
Zakharova não especificou ações concretas nem como a Rússia planeja ajudar a Venezuela. Ela destacou que Moscou busca evitar uma maior escalada de tensões na América Latina, que, segundo ela, não seria benéfica para ninguém. O presidente venezuelano, Maduro, aliado ao governo russo, solicitou apoio militar, incluindo reparos em caças Sukhoi e atualizações em sistemas de radar, além de sistemas de mísseis. O arsenal da Venezuela, que possui diversos equipamentos russos, está defasado devido a sanções econômicas.
Escalada militar e resposta russa
O pedido de Maduro surge em resposta à crescente presença militar dos EUA no Caribe, que inclui o maior porta-aviões do mundo e um submarino nuclear. Zakharova ressaltou que qualquer operação militar dos EUA contra a Venezuela só intensificaria a crise, sem resolver os problemas existentes, que poderiam ser abordados por vias jurídicas e diplomáticas.
Tensão entre EUA e Venezuela
A relação entre os governos de Trump e Maduro se deteriorou desde agosto, quando o presidente norte-americano rotulou cartéis de drogas latino-americanos como terroristas e ordenou operações militares contra eles. A tensão cresceu com bombardeios a embarcações no Caribe, sob o pretexto de combater o narcotráfico, resultando em mortes e acusações de “narcoterrorismo” por parte do governo dos EUA.
Medidas de defesa da Venezuela
Em resposta a essas ameaças, Maduro mobilizou exercícios militares em Caracas e ativou zonas de defesa em estados venezuelanos. O governo venezuelano argumenta que os EUA criam um cenário de “bandeira falsa” para justificar uma possível intervenção militar, afirmando que a Venezuela deve reagir em defesa de sua dignidade e direito à paz.