Uma análise da nova estratégia do presidente dos EUA em relação à China
A abordagem do presidente Trump em relação à China em sua segunda administração prioriza questões econômicas e tecnológicas, em detrimento de uma estratégia clara.
Em 30 de outubro de 2025, na Cúpula da APEC em Busan, o presidente dos EUA, Donald Trump, encontrou-se com o presidente da China, Xi Jinping. Essa reunião é vista como o primeiro grande teste da nova administração de Trump, que prioriza questões econômicas e tecnológicas em sua abordagem à China. O encontro foi elogiado por Trump, que o classificou como um sucesso.
Estratégias e influências na política de Trump
A nova administração parece ter afastado especialistas em China das decisões chave, o que pode comprometer a eficácia das políticas. O foco está em decisões rápidas sobre questões práticas, como tarifas e tecnologia, com conselheiros econômicos tomando a dianteira nas discussões. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o secretário de Comércio, Howard Lutnick, são destaques nesse cenário, defendendo uma abordagem que não busca a desconexão com a China.
O papel do setor privado
O setor privado também influencia significativamente a política de Trump em relação à China. Líderes corporativos, especialmente da tecnologia, têm um papel ativo na formação das decisões. Personalidades como Jensen Huang, da Nvidia, e outros investidores de Wall Street colaboram nas negociações, refletindo a intersecção entre interesses econômicos e decisões políticas.
Críticas e desafios
Críticos apontam que a política de Trump em relação à China é incoerente e carece de uma estrutura clara. Especialistas sugerem que, para gerenciar adequadamente as relações EUA-China, é necessário estabelecer um quadro abrangente que considere tanto questões específicas quanto a dinâmica geral das relações bilaterais. A falta de uma abordagem coesa pode levar a subestimar as ambições estratégicas da China e a importância dos aliados tradicionais dos EUA.
Considerações finais
A abordagem de Trump, embora centrada em resultados rápidos, não deve obscurecer a necessidade de compreender a lógica estratégica da China. A capacidade de negociar com Beijing pode ser crucial, mas requer uma visão mais ampla das relações e dos desafios globais que se apresentam.
Fonte: merics.org