Entenda a frequência de terremotos no Afeganistão

Sayed Hassib

A geografia e a atividade tectônica explicam a vulnerabilidade do país

Entenda por que o Afeganistão é tão propenso a terremotos e os impactos desses desastres naturais no país.

Na madrugada de 3 de setembro de 2025, um terremoto de magnitude 6,3 atingiu as proximidades da cidade de Mazar-e Sharif, no norte do Afeganistão, resultando em pelo menos sete mortes e cerca de 150 feridos. Este evento ocorre apenas alguns meses após um forte terremoto que matou mais de 2.200 pessoas no país. O Afeganistão, cercado por montanhas e com superfícies irregulares, é propenso a desastres naturais, sendo os terremotos a maior causa de mortes, com uma média de 560 vítimas por ano e danos anuais estimados em US$ 80 milhões (aprox. R$ 430 milhões).

Causas da atividade sísmica

Estudos mostram que desde 1990, o Afeganistão registrou pelo menos 355 terremotos com magnitude superior a 5,0. O país se localiza na borda da placa tectônica Eurasiática, que interage com a placa indiana, resultando em frequentes tremores. Além disso, a influência da placa Arábica ao sul torna a região uma das mais ativas tectonicamente do mundo. O movimento da placa Indiana para o norte e o empurrão contra a placa Eurasiática são as principais causas dos terremotos no Afeganistão.

Impactos e danos

Particularmente suscetíveis a terremotos, as regiões do leste e nordeste, incluindo Cabul, sofrem com a maior média estimada de danos, alcançando US$ 17 milhões (aprox. R$ 91 milhões) por ano. Esses fenômenos também provocam deslizamentos de terra nas montanhas, aumentando as perdas de vidas e propriedades. Desde 1900, o Afeganistão registrou cerca de 100 terremotos devastadores, incluindo um de magnitude 6 em 2022 que matou mil pessoas. Em 2015, um abalo de magnitude 7,5 resultou na morte de 399 pessoas em três países.

Medidas para mitigar riscos

Diante da frequência e gravidade desses desastres, especialistas recomendam a construção de novas estruturas resistentes a terremotos e o reforço de edifícios existentes para evitar colapsos. Sistemas de monitoramento e alerta mais eficazes devem ser implementados para oferecer avisos oportunos, enquanto falhas geológicas precisam ser mapeadas utilizando tecnologias avançadas. Isso permitirá a realocação de pessoas em áreas vulneráveis, minimizando os riscos associados a futuros terremotos.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

Fonte: Sayed Hassib

PUBLICIDADE

VIDEOS

Relacionadas: