Proposta surge em meio à paralisação do governo e pode complicar negociações bipartidárias
Senadores republicanos discutem proposta de Trump para substituir o Obamacare durante a paralisação do governo.
Em 8 de outubro de 2023, durante a mais longa paralisação do governo dos EUA, senadores republicanos se reúnem para discutir uma proposta de Donald Trump, vinda de seu campo de golfe na Flórida, que sugere substituir o Obamacare. A ideia de trocar subsídios por contas de saúde levanta preocupações sobre a acessibilidade dos cuidados médicos para milhões de americanos.
Proposta de Trump e reações
Os senadores Lindsey Graham, Rick Scott e Bill Cassidy manifestaram apoio à proposta de Trump, que visa redirecionar bilhões de dólares atualmente destinados a seguradoras para os cidadãos, permitindo que comprem seus próprios planos de saúde. Graham afirmou que essa mudança pode ser uma solução melhor para os consumidores, enquanto Scott declarou estar escrevendo um projeto de lei para implementar a ideia.
Consequências da paralisação
A paralisação do governo já afeta milhões de americanos, com trabalhadores federais sem pagamento e atrasos em benefícios do Programa de Assistência Nutricional (SNAP) para 42 milhões de pessoas. A proposta de Trump, no entanto, é vista como uma tentativa de reviver um plano que foi rejeitado anteriormente pelos eleitores e pelo Congresso. Elizabeth Warren e outros democratas expressaram sua preocupação, argumentando que isso poderia resultar em planos de saúde que não cobrem condições pré-existentes.
O caminho a seguir
Os líderes republicanos estão em negociações com um grupo de democratas moderados para encontrar um caminho para encerrar a paralisação. A proposta envolve extender os subsídios do Obamacare em troca de um futuro voto sobre a reforma da saúde. Entretanto, não está claro se haverá apoio suficiente entre os democratas para essa abordagem. A urgência da situação cresce, com a necessidade de ação para evitar que mais americanos fiquem sem cobertura de saúde.
Perspectivas futuras
Embora alguns republicanos pareçam dispostos a negociar, a resistência à proposta de Trump pode complicar ainda mais as discussões. O presidente da Câmara, Mike Johnson, também não se comprometeu a apoiar um voto sobre a saúde. A pressão continua a aumentar, com líderes como Chuck Schumer insistindo na necessidade de uma extensão imediata dos subsídios para proteger a saúde dos cidadãos.
Fonte: www.theguardian.com
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