Multilateralismo e planos climáticos são essenciais, segundo André Corrêa do Lago

Em carta, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, destaca a importância do multilateralismo e da divulgação dos planos climáticos pelos países.

Em 08 de novembro de 2025, em Belém, o presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), André Corrêa do Lago, defendeu o multilateralismo e a divulgação dos planos climáticos por parte dos países. O evento começará oficialmente em 10 de novembro. Ele enfatizou que a ação climática não deve ser linear, mas sim impulsionada pelo desenvolvimento sustentável em suas diversas dimensões.

Chamado à ação

Corrêa do Lago sugeriu três prioridades: reforçar o multilateralismo e o regime climático sob a UNFCCC, conectar o regime climático à vida real das pessoas e acelerar a implementação do Acordo de Paris. Ele também ressaltou a necessidade de que países, como a China, apresentem metas climáticas mais ambiciosas, em resposta à atual falta de comprometimento de algumas nações.

Tecnologia e inovação

A tecnologia do Pix foi destacada como um exemplo de transformação digital que pode acelerar o progresso em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Corrêa do Lago afirmou que o sistema de pagamentos digitais no Brasil promoveu inclusão financeira e prosperidade, sendo um modelo a ser seguido em discussões sobre desenvolvimento sustentável na COP30.

Desafios e compromissos

A COP30 é vista como a “COP da verdade”, com o objetivo de implementar mecanismos que limitem o aumento da temperatura global, especialmente no que diz respeito ao financiamento ambiental para países em desenvolvimento. O Fundo Florestas Tropicais para Sempre é uma das iniciativas lançadas como legado do Brasil na conferência. O embaixador reafirmou a necessidade urgente de manter o limite de 1,5 °C de aumento da temperatura global, estabelecido em 2015.