Debates sobre Venezuela marcam cúpula da Celac na Colômbia

Ricardo Stuckert / Reprodução Metrópoles

Líderes discutem tensões regionais em Santa Marta

Em 9 de novembro de 2025, presidentes se reúnem para discutir tensões entre Estados Unidos e Venezuela.

Em 9 de novembro de 2025, a cidade de Santa Marta, na Colômbia, sedia a 4ª Cúpula Celac-União Europeia, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e líderes de 33 países da América Latina e Caribe, além de 27 da União Europeia. O principal foco do encontro será a crescente tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela, que tem visto uma intensificação na presença militar americana na região. Lula, que se mostrou disponível para mediar a situação, defende uma solução pacífica e destaca que a América Latina deve ser uma “zona de paz”.

Tensão entre EUA e Venezuela

O aumento das tensões se deve, em parte, às ações militares dos EUA no Caribe, que, segundo Washington, visam combater o narcotráfico. O governo brasileiro, por meio da secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, Gisela Padovan, reafirmou sua disposição para dialogar com todos os países da região, independente de suas orientações políticas. A cúpula também abordará a situação delicada no mar do Caribe, onde o governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, expressou preocupações sobre uma possível invasão americana.

Objetivos da cúpula

Os líderes presentes discutirão não apenas a segurança na Venezuela, mas também a cooperação em comércio, meio ambiente e combate ao crime. A expectativa é que sejam assinados dois atos conjuntos: a declaração de Santa Marta, que abordará temas como segurança alimentar e educação, e um “mapa do caminho” para implementar ações de cooperação. Além disso, serão discutidas declarações de livre adesão sobre segurança cidadã e políticas de cuidados, que não obrigatoriamente serão adotadas por todos os países presentes.

Impactos regionais

A cúpula representa uma oportunidade crucial para que os líderes da América Latina e Caribe articulem uma resposta unificada às tensões regionais, especialmente em relação à política externa dos EUA na região. Com o aumento da militarização e a retórica de Maduro sobre uma possível “luta armada”, o encontro poderá definir o futuro das relações na América Latina, enfatizando a necessidade de um diálogo construtivo e pacífico.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: Ricardo Stuckert / Reprodução Metrópoles

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