Ex-presidente da Coreia do Sul indiciado por abuso de poder e criação de conflito

Yoon Suk Yeol chega ao escritório de investigação de corrupção da Coreia do Sul

Yoon Suk Yeol é acusado de tentar provocar tensões entre as Coreias para justificar lei marcial

O ex-presidente Yoon Suk Yeol é indiciado por abuso de poder e tentativa de criar conflito entre as Coreias.

Ex-presidente da Coreia do Sul é indiciado por abuso de poder

Nesta segunda-feira (10), a promotoria especial da Coreia do Sul indiciou o ex-presidente Yoon Suk Yeol por um conjunto de acusações, incluindo abuso de poder e auxílio a um Estado inimigo. As alegações estão ligadas a sua breve tentativa de impor a lei marcial no ano anterior. Segundo um porta-voz da promotoria, Yoon Suk Yeol teria buscado provocar um conflito militar entre as Coreias do Sul e do Norte com o intuito de justificar sua declaração de lei marcial.

Evidências apontam para possíveis provocações militares

As investigações revelaram evidências encontradas no celular de um oficial militar, que incluem mensagens sugerindo provocações contra a Coreia do Norte, como referências a “drones” e “ataque cirúrgico”. O ex-presidente, que foi destituído do cargo pela Corte Constitucional em abril, enfrenta também um julgamento por insurreição decorrente de sua tentativa de decreto de lei marcial. Se for considerado culpado, ele pode enfrentar uma pena de morte.

Conspiração para criar tensões entre os países

A promotoria revelou que Yoon, junto com o ex-ministro da Defesa Kim Yong-hyun e o ex-chefe da inteligência militar Yeo In-hyung, teriam conspirado para induzir um ataque da Coreia do Norte contra o Sul. Essa estratégia tinha como objetivo criar tensões no país, servindo como justificativa para a declaração de lei marcial. Kim e Yeo também foram indiciados pelas mesmas acusações.

Operações secretas e repercussões políticas

A equipe da promotoria acusou Yoon e seus comandantes militares de ordenar uma operação secreta utilizando drones contra o Norte, com o intuito de inflamar as tensões entre os dois países. Em outubro do ano passado, a Coreia do Norte alegou que o Sul havia enviado drones para distribuir panfletos anti-norte-coreanos sobre Pyongyang, e divulgou imagens de um drone militar sul-coreano que havia caído.

Apesar da pressão política e do escrutínio intenso, os militares sul-coreanos se recusaram a comentar sobre a suspeita de que uma operação com drones estava em andamento. Um funcionário do ministério da Defesa, em declaração recente, afirmou que não há comentários sobre o caso.

Reações dos envolvidos

Kim, o ex-ministro da Defesa, também está sendo julgado por suas ligações com a declaração de lei marcial. Relatos da mídia indicam que Yeo expressou arrependimento profundo por não ter contestado a ordem de Yoon. A porta-voz da promotoria, Park Ji-young, mencionou que Yeo estaria apresentando desculpas que não fazem sentido em relação às anotações encontradas em seu celular. Essa situação continua a gerar debates sobre a integridade das instituições governamentais e a segurança da região.

Conclusão sobre as ações de Yoon

Yoon Suk Yeol tem sustentado que suas intenções nunca foram de impor um regime militar. Ele argumenta que a declaração de lei marcial tinha como objetivo alertar sobre irregularidades cometidas por partidos de oposição e proteger a democracia de elementos classificados como “antiestado”. A evolução deste caso e suas repercussões para a política sul-coreana e as relações inter-coreanas permanecem em foco, à medida que as investigações continuam.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

Fonte: Yoon Suk Yeol chega ao escritório de investigação de corrupção da Coreia do Sul

PUBLICIDADE

VIDEOS

Relacionadas: