Desaceleração do IPCA e expectativa sobre a ata do Copom na próxima semana

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Análise da economia brasileira com foco no IPCA e na política monetária

A semana será marcada pela divulgação do IPCA e da ata do Copom, com expectativas de desaceleração da inflação.

Nesta segunda semana de novembro, o Brasil se prepara para um período de intensa atividade econômica, com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de outubro e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicará o IPCA na terça-feira, enquanto o Banco Central do Brasil apresentará a ata no mesmo dia. Essa divulgação é crucial, pois o IPCA é um dos principais indicadores da inflação no país.

Analistas esperam uma desaceleração significativa no índice, refletindo as quedas nos preços de energia, alimentos e combustíveis. Após uma variação de +0,48% em setembro, a estimativa é que o IPCA apresente uma alta de apenas +0,12% em outubro. Essa redução poderia levar a taxa anualizada de inflação de 5,17% para 4,71%, o menor nível observado nos últimos nove meses. A projeção da Análise Econômica indica que, se a tendência se confirmar, isso abrirá caminho para o cumprimento da meta de inflação estabelecida para 2025.

O comportamento recente dos preços na cadeia produtiva e a valorização cambial são fatores que sustentam essa expectativa de desinflação. A projeção para o fechamento do IPCA em 2025 permanece em 4,46%, dentro da margem de tolerância da meta. A ata do Copom, por sua vez, deverá manter um tom hawkish, refletindo a postura conservadora do Banco Central em preservar a efetividade da política monetária por um período prolongado. O Comitê evitará antecipar suas ações para não provocar ajustes prematuros nas curvas de juros futuros.

Apesar dos sinais de desaceleração da atividade econômica e da acomodação do mercado de trabalho, a expectativa é de um crescimento no volume de vendas do varejo e no setor de serviços. O pagamento de precatórios e a resiliência do mercado de trabalho devem sustentar a oitava alta mensal consecutiva do setor de serviços e um crescimento nas vendas do varejo brasileiro. Caso as projeções de crescimento se concretizem, os números não devem gerar grandes preocupações ao mercado financeiro ou ao Banco Central.

Adicionalmente, após as deflações registradas pelo IGP-M e pelo IGP-DI em outubro, as projeções indicam uma alta de 0,15% para o IGP-10, que teve um avanço marginal de 0,08% em setembro. Embora o movimento de deflação tenha se esgotado rapidamente, especialmente nos segmentos mais sensíveis a commodities, a expectativa é que a recomposição dos preços ocorra de forma assimétrica, conforme já observado anteriormente.

Internacionalmente, o foco também se volta para a China, onde os novos empréstimos serão fundamentais para o comportamento dos preços das commodities. O mercado aguardará com atenção os dados sobre vendas no varejo e a taxa de desemprego, que serão divulgados na quinta-feira (13). Esses indicadores podem oferecer uma visão mais clara sobre a saúde da economia chinesa e sua influência sobre os mercados globais.

Por fim, o monitoramento dos próximos indicadores de varejo, produção industrial e preços ao produtor e consumidor também será essencial. Todos esses dados programados para divulgação na próxima semana poderão impactar as expectativas sobre a trajetória da economia brasileira e global, especialmente em um contexto de incertezas econômicas.

Fonte: www.moneytimes.com.br

Fonte: Economia, Mercados, IPCA, Focus, Inflação, PIB, EUA, Atas do FOMC indicadores

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