Investir para pertencer: clubes privados se tornam nova aposta de valorização patrimonial e social no Brasil

Modelo de sócio investidor cresce entre empreendimentos esportivos e de lazer, unindo exclusividade, networking e potencial elevado de retorno financeiro

Uma nova categoria de investimento vem ganhando espaço entre brasileiros que buscam unir rentabilidade, experiência e pertencimento: os clubes privados de uso compartilhado, administrados com gestão empresarial e lastreados em títulos de propriedade com potencial de valorização. O modelo, já consolidado em destinos internacionais de alto padrão, começa a se expandir pelo Brasil com força, e atrai tanto investidores quanto famílias em busca de ambientes exclusivos de convivência e bem-estar.

De acordo com o relatório Private Social Club Membership Market 2024–2033, o mercado global de clubes privados movimenta mais de US$16 bilhões e deve dobrar de tamanho até 2033, impulsionado pelo crescimento de experiências de luxo e pelo desejo de conexão entre comunidades de interesse. No Brasil, o conceito segue a mesma direção: empreendimentos esportivos e sociais de alto padrão têm apostado em modelos de sócio investidor, que permitem ao comprador usufruir da estrutura e, futuramente, revender o título com valorização significativa.

Inspirado nessa tendência, o Lawn Tennis Club, que será construído em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba, desponta como um dos primeiros exemplos do Sul do país a adotar esse formato. Com 9.000 m² de área total, o empreendimento será o primeiro clube de tênis de grama natural do Brasil, unindo tradição esportiva e sofisticação em um ambiente cercado pela natureza.

Com uma grande procura de clientes usuários e clientes investidores, a expectativa é de que os títulos do Lawn Tennis Club se valorizem significativamente até a inauguração, ou seja, em menos de um ano, acompanhando a tendência observada em outros empreendimentos de mesmo perfil. “Os clubes-empresa vêm consolidando um novo tipo de investimento, que une rentabilidade e propósito. No nosso caso, o título oferece ao sócio muito mais do que um ativo financeiro, é um espaço de convivência, esporte e networking de alto nível, exclusivo a um número pequeno de sócios”, explica Roberto Braga Reis, diretor do Lawn Tennis Club.

O modelo, que vem sendo chamado de sócio investidor, se diferencia das associações esportivas tradicionais: em vez de uma estrutura sem fins lucrativos gerida por associados, se trata de empresas privadas com administração profissional, que oferecem experiências exclusivas e retorno de longo prazo. “A gestão profissional garante estabilidade, qualidade e valorização. O investidor compra um título que gera uso, pertencimento e retorno”, completa Reis.

Em Curitiba, o fenômeno começou com o sucesso da Surf Center, primeiro clube indoor de surf com ondas aquecidas do mundo, que lançou seus primeiros títulos no começo de 2023 e hoje tem revendas com retorno de aproximadamente 400%, em menos de três anos. O exemplo de sucesso inspirou novos empreendimentos esportivos e acelerou a expansão desse formato de investimento no país.

Já em São Paulo, a JHSF, reconhecida pelos empreendimentos imobiliários voltados à alta renda, lançou o Fasano Tennis Club, no Complexo Cidade Jardim. Instalado em uma área de aproximadamente 25 mil m², o local contará com dez quadras de tênis, seis delas cobertas, além de espaços dedicados a padel, squash e pickleball, simulador de golfe e fitness center com equipamentos de última geração. O projeto reforça o avanço do mercado de wellness, que vem transformando o conceito dos clubes recreativos tradicionais em empresas voltadas à alta performance, exclusividade e qualidade de serviço.

“As vantagens são inúmeras: a administração é mais responsável e estável, há maior previsibilidade financeira e um compromisso real com a excelência na entrega. A relação de consumo entre as partes exige um padrão de qualidade e profissionalismo que beneficia todos os envolvidos”, reforça Reis.

Mais do que uma tendência, os clubes privados representam uma nova forma de investir: em patrimônio, em tempo de qualidade e em conexões humanas. De acordo com artigo publicado pela HospitalityNet, o mercado global de Private Members’ Clubs 2.0 deve quase dobrar de tamanho até 2033, alcançando US$ 59,1 bilhões, com crescimento anual estimado em 7,2% a partir de 2024. O dado reforça o potencial de expansão desse tipo de empreendimento, que une lifestyle e investimento em experiências. No Brasil, o movimento segue na mesma direção: além da valorização financeira dos títulos, os sócios conquistam acesso a uma rotina que combina esporte, natureza, networking e bem-estar. “É um investimento que valoriza tanto no mercado quanto na vida de quem faz parte dele”, conclui Reis.

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