Caso ocorreu em Uberlândia durante campeonato de futebol soçaite
Um garoto de oito anos sofreu injúria racial durante um torneio de futebol em Minas Gerais, gerando indignação.
Menino de 8 anos é alvo de injúria racial em torneio de futebol em MG
No último domingo, 10 de novembro de 2025, um menino de apenas oito anos sofreu injúria racial enquanto participava de um campeonato de futebol soçaite em Uberlândia, Minas Gerais. O incidente ocorreu na Vila Olímpica do Uberlândia Esporte Clube, onde a criança foi chamada de “macaco feioso” e “pobre favelado preto”.
As ofensas ocorreram momentos antes de o garoto cobrar um pênalti em uma partida contra o time Base. Segundo o Boletim de Ocorrência da Polícia Militar, a autora dos xingamentos, uma mulher de 31 anos, estava na torcida do time adversário. Outro homem, identificado como pai de outro jogador, também foi ofendido, recebendo comentários racistas semelhantes.
Prisões e reações imediatas
Duas mulheres, de 31 e 38 anos, foram detidas no local e levadas à delegacia, onde tiveram suas prisões ratificadas em flagrante por injúria racial. Ambas estão atualmente na Penitenciária Pimenta da Veiga. O incidente gerou indignação entre os espectadores, levando a uma intervenção da Polícia Militar.
A organização da Copa Uberlândia, por meio de seu responsável, Walllisson Fortunato, assegurou que não tolera esse tipo de comportamento e tomou as providências necessárias, impedindo a saída dos envolvidos até a chegada da polícia. Em uma declaração, a organização reiterou que “o esporte deve educar e inspirar, e não reproduzir práticas que ferem a dignidade humana”.
Comunicado da escola de futebol
A Base, a escola de futebol que as autoras apoiavam, também repudiou os atos das mulheres. Em sua nota oficial, a instituição se comprometeu a criar um ambiente mais saudável para a prática esportiva, destacando que comportamentos como os ocorridos devem ser “fortemente coibidos”. A escola se retirou da competição em resposta ao incidente, enfatizando seu compromisso com o respeito e a inclusão.
Resposta do Uberlândia Esporte Clube
Por sua vez, o Uberlândia Esporte Clube, que apenas alugou o espaço para o torneio, informou que não possui vínculos diretos com os eventos e que repudia qualquer forma de intolerância. Em nota, o clube reafirmou seu compromisso com a inclusão e a convivência harmônica em todas as suas atividades.
Conclusão
O caso do menino de oito anos que sofreu injúria racial em Uberlândia traz à tona a necessidade urgente de se combater o racismo em ambientes esportivos. As autoridades e as organizações envolvidas estão tomando medidas para garantir que tais incidentes sejam tratados com a seriedade que merecem, promovendo um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todos os jovens atletas.
Fonte: ge.globo.com
Fonte: Reprodução
