Análise de Avi Loeb sobre o fenômeno do cometa
O cometa interstelar 3I/ATLAS perdeu 13% de sua massa e apresenta jatos complexos, conforme destaca Avi Loeb.
Cometa interstelar 3I/ATLAS: novas descobertas sobre sua massa e comportamento
O cometa interstelar 3I/ATLAS, que foi descoberto em julho de 2025, apresenta características intrigantes. Avi Loeb, astrofísico da Universidade de Harvard, afirmou que o cometa perdeu 13% de sua massa após passar pelo periélio em 29 de outubro. Com uma massa total estimada em mais de 50 bilhões de toneladas, esse objeto é pelo menos um milhão de vezes mais massivo que 1I/Oumuamua, o primeiro cometa interstelar identificado. A trajetória do 3I/ATLAS é hiperbólica, confirmando sua origem externa ao sistema solar.
Comportamento Anômalo e Jatos Complexos
Observações feitas por telescópios, incluindo o Hubble, revelaram que o 3I/ATLAS apresenta jatos complexos em múltiplas direções. A ausência de um tradicional rabo de cometa e a presença de um brilho azul indicam uma dinâmica não convencional. A aceleração não gravitacional foi notada, e o cometa segue uma trajetória que não prevê risco de colisão com a Terra, alcançando sua máxima aproximação em 19 de dezembro, a 1,8 unidades astronômicas.
Análises Químicas e Composição
Espectroscopia revelou uma composição química notável, com 87% de CO2, 9% de CO e 4% de água. A presença de hidroxila (OH) foi identificada, sugerindo a liberação de água. O que se destaca são os elementos raros, como o tetracarbonilo de níquel, que não são comumente encontrados em cometas naturais. Essa composição peculiar levanta questões sobre a natureza do 3I/ATLAS e se ele poderia ser um objeto artificial, gerado por tecnologias avançadas.
Potenciais Tecnológicos e Futuras Investigações
Loeb levanta a possibilidade de que os jatos observados possam ser gerados por motores tecnológicos, com velocidades de saída de produtos químicos entre 3 e 5 km/s, bem como ionotratos que poderiam operar em velocidades ainda mais altas. Ele aponta que, com tecnologia avançada, o cometa poderia ter perdido apenas uma fração de sua massa original, o que seria coerente com suas anomalias observadas.
A NASA confirmou a necessidade de uma campanha global de observação e coordenação para estudar o 3I/ATLAS até janeiro de 2026, enquanto as sondas Juno e Juice estão programadas para realizar passagens próximas em 2026. Fotografias recentes mostram estruturas de jatos complexos que não se encaixam nas expectativas para cometas tradicionais.
Conclusão
Com a aparição do 3I/ATLAS novamente no céu em novembro, sua visibilidade aumentará, e ele deverá aparecer nas constelações de Virgem e Leão antes do amanhecer. Com uma magnitude estimada em 12, ele será acessível com telescópios de médio porte. As investigações em curso buscam entender melhor a química interstelar e sua relação com cometas locais, destacando a importância de telescópios como Vera Rubin para futuras descobertas de visitantes interstelar.
Fonte: www.mixvale.com.br
Fonte: Jack_the_sparow/Shutterstock.com