Ibovespa alcança 155 mil pontos e marca novo recorde histórico

Índice atinge máxima intradia em meio a expectativas positivas e dados econômicos

Ibovespa atinge 155 mil pontos, renovando recorde histórico intradia sob influência de dados econômicos positivos.

Ibovespa atinge 155 mil pontos e renova recorde histórico

Nesta segunda-feira (10), o Ibovespa (IBOV) alcançou a marca de 155.601,15 pontos, renovando sua máxima histórica intradia. A movimentação marca o décimo primeiro recorde nominal e a 14ª sessão de ganhos consecutivos, a maior sequência em três décadas. O índice subiu 1% logo nos primeiros minutos de pregão e, por volta de 12h (horário de Brasília), apresentava uma alta de 0,57%, situando-se em 154.947,86 pontos.

O desempenho do Ibovespa é impulsionado por diversos fatores, tanto internos quanto externos. O mercado brasileiro reagiu positivamente ao Boletim Focus, que manteve as projeções de inflação para 2025 em 4,55%. Além disso, os investidores aguardam ansiosamente o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na semana anterior, o BC decidiu, de forma unânime, manter a taxa Selic em 15% ao ano, o maior nível desde 2006, alinhando-se às expectativas do mercado.

Outro fator que está em pauta é uma nova rodada de negociações entre Brasil e EUA. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reunirá com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, durante a reunião do G7 no Canadá. As expectativas em torno dessas negociações também influenciam o desempenho do índice.

No cenário internacional, os investidores estão atentos ao progresso das negociações no Congresso norte-americano para a superação da paralisação do governo, que já dura 40 dias. O Senado iniciou discussões sobre um projeto de lei que visa financiar o governo até 30 de janeiro, incluindo um pacote de custeio para 2026. Essa expectativa de resolução tem gerado otimismo nos mercados globais.

Entre as ações listadas no Ibovespa, as da MBRF (MBRF3) lideram as altas, impulsionadas pela expectativa do balanço do terceiro trimestre (3T25) e pela recente decisão da China de liberar a importação de carne de frango do Brasil. Por outro lado, as ações da Natura (NATU3) estão entre as perdas do índice, com os investidores aguardando os resultados trimestrais que serão divulgados após o fechamento do mercado.

Os pesos-pesados do índice apresentam um desempenho misto. A Vale (VALE3) se destaca com uma alta, após declarações de seu CEO sobre um aumento na demanda de minério de ferro da Índia, que deverá dobrar sua produção de aço até o fim desta década. Enquanto isso, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) seguem acompanhando o desempenho do petróleo Brent, apresentando leve queda.

Em relação ao câmbio, o dólar opera em queda frente a outras moedas, como o euro e a libra, devido à recuperação do apetite ao risco global, também alimentada pela expectativa de um desfecho para o shutdown nos EUA. Na comparação com o real, o dólar estava cotado a R$ 5,3178, com uma queda de 0,34% por volta de 12h.

Os índices de Wall Street também estão em alta, refletindo o otimismo dos investidores. O S&P 500, por exemplo, subia 1,20%, enquanto o Dow Jones e Nasdaq também registravam ganhos significativos. Na Europa, o índice pan-europeu Stoxx 600 apresentava um ganho de 1,35%, e na Ásia, o índice Nikkei do Japão fechou com alta de 1,26%.

Esses dados positivos sobre a inflação na China e as expectativas de crescimento global estão contribuindo para um ambiente otimista nos mercados financeiros. O Ibovespa, assim, não só atinge novos patamares, mas também reflete a confiança dos investidores em um cenário econômico mais favorável.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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