Nova espécie de lambari descoberta em Mato Grosso

Divulgação/Fernando Dagosta

Inpaichthys luizae brilha nas águas do rio Juruena

Descoberta de nova espécie de lambari, Inpaichthys luizae, no rio Juruena, destaca a importância da conservação.

Descoberta de nova espécie de lambari no rio Juruena

Em 10 de novembro de 2025, foi anunciada a descoberta de uma nova espécie de lambari, chamada Inpaichthys luizae, nas águas do rio Juruena, em Mato Grosso. O ictiólogo Fernando Cesar Paiva Dagosta foi o responsável pela descrição do peixe, que se destaca por suas cores vibrantes, mesclando tons de laranja e preto. A descoberta foi publicada na revista Neotropical Ichthyology na última sexta-feira (7/11).

A identificação do novo lambari ocorreu de maneira inusitada. Durante uma pescaria de aquarismo, um pescador encontrou um exemplar diferente e enviou os peixes para Dagosta. Após análises morfológicas detalhadas, o pesquisador confirmou que se tratava de uma espécie inédita para a ciência.

Características do Inpaichthys luizae

O Inpaichthys luizae apresenta uma faixa escura que se estende do corpo até a cauda, além de nadadeiras com tons alaranjados, o que o torna bastante atrativo. Essa nova espécie faz parte de uma linhagem que, segundo os pesquisadores, havia se perdido há muito tempo. Originalmente, esse grupo de peixes era encontrado na região dos Andes, abrangendo países como Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, e se separou, estabelecendo-se no Brasil.

A beleza do novo lambari o torna um potencial candidato para o comércio em lojas de aquário. O ictiólogo Dagosta ressalta a urgência de registrar oficialmente a espécie, afirmando que, ao obter um nome científico, ela ganha reconhecimento e direitos à conservação. “Com o nome científico, ele passa a ser uma espécie brasileira com direito à conservação”, explica Dagosta.

Situação de conservação e desafios futuros

Atualmente, a situação do Inpaichthys luizae é classificada como “pouco preocupante”. No entanto, a exploração ornamental e as rápidas mudanças climáticas representam ameaças consideráveis para seu futuro. A descoberta sublinha a importância da pesquisa e da conservação da biodiversidade na região.

O ictiólogo expressa sua intenção de continuar explorando o rio Juruena em busca de novas espécies, antes que a região sofra danos irreversíveis devido à ação humana. Essa atitude reflete a necessidade crescente de se preservar os ecossistemas aquáticos, que são vitais para a biodiversidade e a saúde ambiental.

A descoberta do Inpaichthys luizae não apenas enriquece o conhecimento sobre a fauna brasileira, mas também destaca a importância da conservação das espécies, especialmente em tempos de crise ambiental. O trabalho de Dagosta e de outros pesquisadores é crucial para garantir que novas descobertas como esta sejam protegidas e valorizadas.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: Divulgação/Fernando Dagosta

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