Críticas de Lindbergh Farias ao relatório de Derrite sobre PL Antifacção

Líder do PT critica proposta que limita atuação da Polícia Federal

Lindbergh Farias critica relatório do PL Antifacção, acusando Derrite de limitar a atuação da Polícia Federal.

Nesta segunda-feira (10/11), o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, expressou severas críticas ao relatório do PL Antifacção, de autoria do deputado Guilherme Derrite. Farias afirmou que a proposta, ao invés de fortalecer a luta contra o crime organizado, retira poderes da Polícia Federal e protege redes de lavagem de dinheiro. Com essa declaração, o petista enfatizou a necessidade de cooperação entre as polícias, que estaria sendo comprometida pela nova proposta.

Contexto da proposta do PL Antifacção

O PL Antifacção, que visa endurecer as penas para ações armadas de facções criminosas, foi apresentado por Derrite e gerou um racha significativo na Câmara. O deputado, que foi escolhido como relator na última sexta-feira (7/11), traz em sua proposta penas de até 40 anos para ações de controle territorial promovidas por organizações criminosas. Entretanto, a exclusão da parte que equipara facções a organizações terroristas tem gerado debate acirrado entre os parlamentares.

Repercussão entre os parlamentares

A escolha de Derrite, ligado ao governo de Tarcísio de Freitas, provocou insatisfação entre as lideranças governistas, que consideram que a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta, é um desrespeito ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Farias, ao criticar a escolha, destacou que a manobra fere o artigo 144 da Constituição Federal, que trata da competência da Polícia Federal em investigações. Para o líder do PT, a proposta não só sabota investigações importantes, mas também visa blindar aqueles que estão sob investigação, como no caso da Operação Carbono Oculto.

A visão do governo sobre o relatório

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também se manifestou sobre o relatório, afirmando que a inclusão de Derrite como relator contamina o debate político com objetivos eleitorais. Ela ressaltou a importância de fortalecer as instituições e a segurança pública, em vez de promover ações que limitem a atuação da Polícia Federal.

Conclusão

As críticas de Lindbergh Farias ao PL Antifacção refletem um mal-estar crescente na política brasileira, onde as escolhas de relatoria e as propostas legislativas têm se tornado cada vez mais polêmicas. A tensão entre governo e oposição se intensifica à medida que diferentes interesses se confrontam no legislativo, evidenciando a necessidade de um debate mais profundo sobre segurança pública e os mecanismos de combate ao crime organizado.

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